VÍDEO: Contrabandistas usam canteiro de obra na fronteira entre Brasil e Paraguai para fugir da fiscalização | Oeste e Sudoeste
Contrabandistas usam canteiro de obras para fugir de fiscalização
O que era para ser um acesso exclusivo para máquinas, virou uma rota de contrabando na fronteira entre Brasil e Argentina.
Imagens mostram que criminosos tem usado o canteiro de obras da Perimetral Leste – que ligará a nova Ponte Brasil/Paraguai à BR-277-, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, para fugir da fiscalização de órgãos como Polícia Federal e Receita Federal. Veja flagrantes no vídeo acima.
Parte dos suspeitos envolvidos no esquema pagam ‘pedágio’ para outros, para poderem usar local e desviar da fiscalização através de rota que passa pela maior ocupação urbana do Paraná, o Bubas, em Foz do Iguaçu.
Segundo a investigação, o esquema de passagem é organizado com turnos e conta com controle rigoroso do acesso.
“É uma quadrilha organizada que divide atividades de olheiros, de ficar cuidando, de abrir desvios, enfim cobram por essa atividade. […] Eles ameaçam pessoas que trabalham na obra, que vêm as vezes fechar os buracos da passagem (abertos pelos suspeitos). É uma quadrilha organizada, perigosa”, afirmou o analista tributário da Receita Federal, Bruno Carcará.
De janeiro até setembro deste ano, quase R$ 7 milhões em bebidas – um dos principais itens contrabandeados na fronteira entre Argentina e Brasil – foram apreendidos na região de Foz do Iguaçu. Quase R$ 2 milhões a mais que no mesmo período do ano passado.
A ação dos suspeitos já vem sendo monitorada pela Receita Federal e pela Polícia Federal (PF), mas basta passar pela rodovia, para ver o movimento constante do contrabando.
Uma equipe da RPC entrou na ocupação e acompanhou motocicletas que passaram por um dos desvios clandestinos. Juntas, eles seguiram até um local identificado como depósito, segundo as forças de segurança.
Os desvios estão nos dois lados da pista. Um dos exemplos fica há cerca de 50 metros da rodovia, na fronteira do Brasil com a Argentina, onde os contrabandistas abriram uma trilha e cortaram arames, para ter acesso a uma propriedade particular. Do ponto, eles avançam para outras vias da cidade.
“Aquela região está totalmente acessível, com diversos desvios, praticamente dentro da cidade, já em área totalmente urbana, que possibilita que o veículo adentre ali sem passar pela fiscalização e ali ele pode se evadir facilmente pelas ruas da cidade”, explicou o auditor da Receita Federal Wagner Souza.
O movimento na região ocorre 24 horas por dias. O acesso clandestino também é usado no sentido contrário, vans passam por dentro da ocupação e já saem direto na pista, sem passar por qualquer controle na fronteira.
“Todo esse trajeto por fora do circuito de fiscalização das autoridades, ele faz parte do caminho do delito, tudo isso contribui para a entrada irregular de mercadorias, então isso tudo faz parte do crime”, afirmou o delegado da PF, Marcos Smith.
O movimento na região ocorre 24 horas por dias. O acesso clandestino também é usado no sentido contrário, vans passam por dentro da ocupação e já saem direto na pista, sem passar por qualquer controle na fronteira.
As imagens feitas com os drone vão além do um registro do crime, servem para rastrear os carros e levar os agentes até os alvos.
Com o monitoramento, foi possível identificar toda a rota dos criminosos, as rotas e onde ficam os chamados ‘olheiros’ e com isso, as ações tem se tornado mais assertivas, segundo as instituições.
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