uso de anabolizantes cresce e hormônios vêm até do Paraguai

Mas há quem prefira o acompanhamento médico. Apesar de o CFM proibir o uso para fins estéticos, receitar hormônios não é crime, e a avaliação médica e os motivos por trás da indicação da receita ficam no sigilo entre profissional e paciente. É o caso do também médico Yuri*, 35, que buscou essa alternativa e se consultou com um nutrólogo após nove meses de treino.

“Ouvindo alguns amigos falando a respeito da medicação, fiquei curioso para experimentar, já que eu tinha muita dificuldade para alcançar meus objetivos na academia. Passei no nutrólogo, que desenvolveu um plano alimentar e eu pedi prescrição hormonal. Ele receitou oxandrolona, que deveria tomar a cada oito horas por 90 dias”, conta Yuri.

“Depois que acabou, eu me autorreceitei e tomei por mais algum tempo. Senti uma pequena diferença no ganho de massa magra. Não tive nenhum efeito colateral, mas optei por parar por medo de alguma reação adversa”, continua.

O funcionário público Milos*, 30, também optou pelo acompanhamento médico, mas o fez apenas por algum tempo. “Usei três meses recomendado pelo médico, pois minha testosterona estava baixa pela minha idade. Depois, me rendi ao underground, comprava e eu mesmo aplicava em casa”, conta.

Assumindo o risco pelo shape

Para a pesquisadora de masculinidades Helen Barbosa dos Santos, pós-doutoranda em psicologia no Grupo de Pesquisa em Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais da PUC-RS, o uso de anabolizantes traz a ideia de masculinidades estritamente amparadas no estatuto biológico, onde prevalece o modelo de “homem de verdade” e “mulher de verdade” na inscrição do corpo ideal.

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