O uso de tecnologia tem sido uma grande aliada de tutores com os pets, no Brasil. Ferramentas de localização, identificação e controle estão entre os principais usos das inovações e prometem bons resultados no bem estar e saúde dos animais.
Com mais de 50 mil seguidores nas redes sociais, a gatinha Keite já virou uma celebridade de Manaus. Ela passa a maior parte do dia na Feira da Manaus Moderna, no centro da capital, com a dona Margarida Inácio. Quem passa pelo box se encanta com a felina, que pede carinho dos clientes. Com tanto “assédio” a tutora passou a se preocupar com a segurança da bichana e resolveu usar uma “air tag” para acompanhar todos os passos da Keite.
O dispositivo é um rastreador que fica preso na coleira. É leve e simples, dependendo do modelo pode ser bem mais discreto. O que a Keite usa tem 190 gramas, com 30 por 10 milímetros. Ele manda sinais em tempo real para o smartphone da família e com isso eles podem acompanhar a localização da gatinha.
A bichana Keite com um rastreador preso em sua coleira e sua tutora, Margarida Inácio, na Feira da Manaus Moderna. (Foto: Daniel Brandão)
A ideia foi da filha da Margarida e caiu no gosto da tutora pela necessidade. A Keite gosta muito de passear pela feira e nem sempre esses passeios são rápidos ou perceptíveis.
“A última vez foi quando ela foi passear e ninguém achava ela. Meu marido viu no aplicativo que ela tava aqui dentro da feira e a gente foi se aproximando da localização. Chegando lá eu procurei, mas não achava aí já fiquei nervosa. No fim das contas ela estava escondida dentro de uma caixa” contou aliviada a feirante.
O período de adaptação foi curto, em poucos dias a Keite já tinha se habituado a usar o chip na coleira. Para a dona, que desconhecia o a existência do item, ele chegou em uma boa hora. Por causa do alcance das publicações nas redes sociais e a forma dócil que a felina tem, Margarida tem receio de que alguém possa levar embora a gata.
Até agora não houve nenhuma tentativa, mas por uma questão de precaução a família está sempre no monitoramento através do celular.
“Ela [a gata] é muito dada, né? Ela vai no colo com todo mundo, vai e pede carinho. Eu gosto porque ela está feliz, mas também tenho um certo medo de ela sumir enquanto eu estou atendendo algum cliente” comentou rindo.
Esses dispositivos podem ser usados em praticamente qualquer animal doméstico, a depender do modelo mais adequado. Ele está disponível nas petshops, mas também pode ser encontrado nas lojas online por preços variados, os menores valores encontrados neste mês de abril foram R$ 38 e R$ 56. Há modelos com outras funções que podem custar até R$ 369.
Os air tags não são a única tecnologia que pode ser usada no cuidado com pets, há também a implantação de microchips. Eles não são usados para o rastreio dos animais, mas para identificação e armazenamento de dados.
O golden Marvin é um dos pets que faz o uso do dispositivo. A tutora dele, Carol Heinrichs, explicou que o chip foi implantado antes do cão entrar para a família, mas que ela aprova o uso da tecnologia.
Antes de entrar para a família de Caol Heinrichs, Marvin já usava um dispositivo para identificação e armazenamento de dados. (Foto: Divulgação)
“A gente achou uma grande vantagem por conta de segurança, né? Eles já fizeram esse serviço lá [no canil] enquanto ele era um bebê, então foi bem tranquilo por isso” disse Carol.
O cachorro já faz parte da família; e é alegria de casa. Ele já tem um ano e um mês e recebe o mesmo nível de atenção e cuidado que os filhos da Carol. Tudo em nome do bem estar.
“Então, é uma tecnologia que hoje em dia aplicam para diversas coisas, também nessas tags, que inclusive eu uso nos meus filhos, mas para os animais a praticidade também de não ter que colocar numa coleira. É uma tecnologia que veio para somar com a vida de quem tem pet” explicou.
O médico veterinário e especialista em cirurgias, Shalako Chagas, trabalha com a implantação dos chips. Ele explicou que o dispositivo é subcutâneo, fica debaixo da pele do animal, o procedimento demora poucos segundos e é realizado através de uma agulha que é responsável por colocar o aparelho no pet.
Não é necessário de anestesia, mas é importante que o tutor ajude a segurar o animal. O chip serve como uma identificação eficaz, rápida e simples.
“Tudo que estiver no microchip fica atrelado ao paciente e permite uma grande diversidade de informações, tais quais: idade, raça, histórico de vacinas, cirurgias, endereço de moradia, telefone para contato” disse o especialista.
Com as informações instaladas o animal pode ser facilmente identificado e entra também para o banco de dados das entidades de controle tanto do estado quanto do município.
“Torna o pet identificável e como tratativa sanitária, favorece o estabelecimento de uma sociedade animal com maior controle de natalidade, doenças e responsabilidade de tutores” frisou Shalako.
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