Tecnologia é ferramenta para promover democratização dos serviços financeiros, diz Campos Neto | Economia

Roberto Campos Neto — Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL via BBC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, exaltou a agenda tecnológica da autarquia em participação virtual no Global Technology Summit (GTS), realizado em Nova Délhi, Índia. “No Banco Central brasileiro, nós acreditamos que a tecnologia não apenas traz eficiência e modernização para a nossa economia, mas também é uma das ferramentas mais poderosas para promover a democratização dos serviços financeiros”, afirmou Campos Neto, que na sequência defendeu que os serviços tecnológicos são um instrumento primário para propagar inclusão.

O banqueiro central destacou que o objetivo da agenda tecnológica do BC é justamente democratizar a intermediação financeira no Brasil e enumerou, entre as iniciativas que compõem o projeto, o Pix, o Open Finance, a modernização da legislação cambial e o desenvolvimento do Drex.

Campos Neto chamou atenção para os bons resultados do Pix e frisou que o sucesso no projeto de inclusão financeira no Brasil não deriva de uma única política ou de esforços de curto prazo.

“É o resultado de políticas públicas desenhadas e implementadas nas últimas duas décadas”, emendou o banqueiro central, que ressaltou a importância dos investimentos em infraestrutura para o avanço da agenda tecnológica. Como exemplo, citou a importância da alta cobertura de internet rápida no Brasil para a disseminação do Pix pelo País.

Impacto no spread bancário

O presidente do Banco Central disse também que a agenda de inovação da autarquia já produz impacto no spread dos bancos, ou seja, a diferença entre as taxas de captação e as taxas cobradas no crédito ao tomador final.

“Já temos impactos em alguns produtos. O Pix gerou uma bancarização e novos modelos de negócios que já têm, em parte, impacto”, disse o presidente do BC durante live sobre inovação do portal jurídico Jota.

Segundo Campos Neto, esse impacto sobre os spreads tende a ser cada vez maior, à medida que as pessoas aderirem ao Open Finance, que possibilitará a comparação das taxas cobradas pelos bancos, além de portabilidade.

Além disso, emendou Campos Neto, o controle de garantias vai fazer com que o spread “caia muito”. “Hoje, o controle de garantias é muito difícil no Brasil. Como há pouca visibilidade da garantia, você acaba tendo um spread maior”, observou, acrescentando que a facilitação da recuperação do crédito é um dos projetos trabalhados em conjunto com o Ministério da Fazenda.

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