Selecionador da Guiné-Bissau e o apuramento para a CAN’23: «Com determinação e apoio de todos conseguimos!» – CAN
Baciro Candé tem como meta levar o país ao Campeonato do Mundo de 2026
Baciro Candé
• Foto: Reuters
A Guiné-Bissau qualificou-se pela quarta vez consecutiva para uma fase final da Taça das Nações Africanas (CAN), cuja próxima edição vai decorrer na Costa do Marfim, em janeiro de 2024. À frente da seleção daquele País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) está Baciro Candé, antigo jogador de Casa Pia, Estoril e E. Amadora, entre outros. Em conversa com Record, após o triunfo sobre São Tomé e Príncipe, o técnico, de 56 anos, reconheceu que o apuramento “não foi fácil”, em virtude dos “poucos recursos” que o selecionador tem à sua disposição.
“Mas, com determinação e apoio de todos, conseguimos atingir o nosso objetivo – quatro presenças consecutivas no CAN”, refere o selecionador guineense, reconhecendo que, a partir de agora, a meta prioritária, é “tentar passar a fase de grupos”. “A Guiné Bissau está a tentar marcar a sua presença” no contexto do futebol africano, embora no horizonte surjam já objetivos mais ambiciosos: “O objetivo é pôr a Guiné-Bissau no próximo Campeonato do Mundo”, em 2026, organizado por Canadá, Estados Unidos e México. “Vamos trabalhar para isso. Não é fácil, mas é um sonho pessoal que persigo”, confessa Baciro Candé a Record, de olhos postos na fase de qualificação para o Mundial, que arranca já em novembro. Ou seja, ainda antes do CAN’23.
O ténico que, em Portugal, treinou a AD Oeiras – formação e equipa principal – admite que o cenário ideal seria o contrário: primeiro, a CAN e, depois, o apuramento para o Campeonato do Mundo. “Era o ideal. Dava mais fôlego aos nossos jogadores. E nunca se sabe o que pode acontecer. Pode haver lesões e serão baixas importantes para a fase final”, antecipa o técnico que, antes de assumir a seleção principal da Guiné-Bissau, foi 10 vezes campeão naquele país da África Ocidental.
A preocupação de Baciro Candé prende-se com o reduzido campo de recrutamento que tem à sua diposição. Há inúmeros futebolistas de ascendência guineense a atuar na Europa, designamente em Portugal. Porém, poucos são os futebolistas nascido no nosso país que não dão prioridade às seleções portuguesas, relegando a opção africana para um plano secundário. Candé evita entrar em polémicas, respeita a opinião de todos e de cada um e compreende que, quem nasceu em Portugal opte, normalmente pela seleção do país de origem. Recorda que também ele foi jogador profisssional e congratula-se com o facto de, “a pouco e pouco” diversos futebolistas se disponibilizarem para representar o país.
Fala dos casos concretos de Carlos Mané, Famana Quizera, Franculino Dju e Ronaldo Camará, que, na sua opinião, “poderão ser muito importantes” para a Guiné-Bissau manter vivo o sonho de estar no próximo Campeonato do Mundo, daqui por três anos no Canadá, Estados Unidos e México. O facto de o país se ter apurado para a fase final do CAN’23 poderá ter sido o impulso que faltava a estes jogadores para se juntarem à seleção da Guiné-Bissau. Outros se seguirão, confia.
A Guiné-Bissau qualificou-se pela quarta vez consecutiva para uma fase final da Taça das Nações Africanas (CAN), cuja próxima edição vai decorrer na Costa do Marfim, em janeiro de 2024. À frente …
Por João Lopes
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