Segurança de Domingos Simões Pereira “ameaçada por ordem do Presidente guineense”

Em conferência de imprensa, o Presidente da Assembleia Nacional Popular líder da coligação PAI Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, afirmou que a sua “segurança está ameaçada por ordem do Presidente guineense”.

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Na sequência da alegada tentativa de golpe de Estado no passado dia 30 Novembro e 1 de Dezembro, o Presidente da República da Guiné-Bissau ordenou a retirada de elementos da ECOMIB, que garantem a segurança do Presidente da Assembleia Nacional Popular.

Domingos Simões Pereira disse ter sido informado pelo comandante do contingente formado por militares da CEDEAO. “O comandante da ECOMIB [força de interposição da CEDEAO] informou-me que tinha recebido ordens directas do Presidente para a retirada dos elementos”, afirmou.

Esta quinta-feira, 14 de Dezembro, os elementos da segurança nacional, que acompanham Domingos Simões Pereira desde 2012, receberam ordem para abandonar a residência do presidente do parlamento.

“Agora são os elementos da segurança nacional que estão a ser pressionados a abandonar a minha residência. Ontem receberam um documento intitulado de ‘guia de regresso’ e são intimados a apresentar-se nas respectivas unidades”, acrescentou o líder da coligação PAI Terra Ranka denuncia um “atentado à sua integridade física”

Domingos Simões Pereira identifica estas “intimidações” como “uma clara e deliberada ordem do Presidente do Presidente de atentar” à sua “segurança e integridade física, pelo que é o único e exclusivo responsável por tudo o que, eventualmente, acontecer a mim e à minha família”.

Segundo o artigo sétimo da lei orgânica da assembleia nacional o presidente tem direito a dois elementos de segurança pessoal. “O Presidente da ANP dispõe de dois elementos de segurança pessoal e duas escoltas motorizadas”, lembrou.

Domingos Simões Pereira tem recusado a aceitar o decreto presidencial de dia 4 de Dezembro que dissolve o parlamento à luz da Constituição da República da Guiné-Bissau, lembrando que existe “uma persistência em suprimir toda a ordem democrática por interesses pouco claros”.

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