Roberto Pessoa: Estou com medo do Paraguai | Opinião

Foto: Julio Caesar
Roberto Pessoa. Prefeito de Maracanaú-CE.

Dois criminosos fugiram do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró. Foi na terça-feira de carnaval e “as pessoas responsáveis na penitenciária estavam mais relaxadas”, na cândida declaração do Ministro da Justiça. Hastag Fica a dica para o País que quiser invadir o Brasil.

Munidos de um alicate, os detentos acessaram o teto das celas, que não tinha reforço de concreto. As câmeras de segurança não funcionaram e o alarme não soou. Também não havia um muro de contenção. Nenhuma pedra no caminho, ao contrário do Poeta. Abriram um buraco no alambrado e foram em frente.

No dia 8 de janeiro, pessoas acampadas à frente do Quartel-General do Exército em Brasília desde o segundo turno das eleições desceram o Eixo Monumental, caminharam cerca de 8 km, sem nenhuma importunação até a Praça dos Três Poderes.

Vestidos de camisas da Seleção Brasileira, usando a bandeira nacional como manto e alguns munidos de balaclavas furaram o bloqueio da Polícia Militar do DF e, em tempos de redes sociais, fizeram selfies e vídeos com as forças de segurança. Pelo teto, entraram no Congresso Nacional, invadiram também o Palácio do Planalto, chegando à porta do Gabinete Presidencial, e o STF.

O “alicate” da vez foi encontrado pelo caminho. Gradis, mangueiras, pedras, extintores de incêndio foram as armas da destruição que causou enorme prejuízo material e simbólico, cindindo mais ainda o País na famigerada polarização.

Sem juízo de valor sobre questões ideológicas, precisamos discutir com assertividade a segurança em nosso País. Em 1864, o Paraguai invadiu o Brasil. A Grande Guerra, como até hoje é chamada no País vizinho, durou seis anos. Sua motivação foi a identidade nacional das fronteiras e o Brasil só conseguiu vencer o conflito com a formação da Tríplice Aliança com a Argentina e o Uruguai.

Pacificado o controle da Bacia do Prata, temos nossa cobiçada Amazônia e, diante da insegurança de nossa segurança pública, fica a pergunta: se algum Pais quiser invadir o Brasil teremos que depender das torcidas organizadas?

PS: Este título contém ironia

 



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