Rei da sátira e do desconforto, Ricky Gervais estreia-se em Portugal

Ao longo do seu percurso, Gervais tornou-se conhecido pelo seu humor inteligente e apurado, sempre com um toque negro, britânico e mordaz, bem como a sua capacidade para a ironia, a crítica, a sátira e a provocação.

A provocação, o desconforto, o choque e a ausência de limites são, aliás, marcas suas e paulatinas: entre as cinco apresentações dos Globos de Ouro, onde a tónica comum foi o facto de Gervais visar, sem impedimentos ou qualquer auto-censura, algumas das maiores estrelas do mundo, veio a surpresa de “After life”, na Netflix, uma homenagem ao seu amor pela sua mulher de décadas, viva, representado numa série sobre uma mulher já falecida, onde mostrou o seu lado mais humano e profundo. “After life” é, para Gervais, “a melhor coisa” que já escreveu.

O britânico é, ainda, também reconhecido pela sua filantropia, pelo veganismo e pela defesa implacável dos direitos dos animais.

No entanto, nos últimos anos, numa postura cada vez mais “anti-woke”, e politicamente incorreta, tem sido criticado por ir “longe demais” em alguns temas e piadas, por ser “insensível” ou “ofensivo”.

Os dois últimos espetáculos transformados em especiais da Netflix, “Humanity” e “Supernature”, foram alvo de alguma controvérsia, sobretudo o segundo, sendo o humorista acusado de atacar comunidades como a transexual, cujas associações se expressaram contra o seu humor.

Com os textos a visar várias comunidades e religiões, tem havido mesmo relatos não confirmados de ameaças de morte ao artista inglês de 64 anos.

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