Redução do custo da dívida faz Portugal sair do clube dos países periféricos da zona euro

Os juros (yields) da dívida portuguesa a 10 anos desceram de 3,51% no final de outubro para 3,11% no final de novembro, apesar de a crise política dominar o mês desde o pedido de demissão do primeiro-ministro António Costa. Na última sessão de novembro, os juros portugueses aproximaram-se dos juros da Bélgica, que fecharam em 3,07%, de acordo com dados da Investing.com. Na abertura de dezembro, os juros já encerraram a primeira sessão abaixo de 3%.

Esta descida dos juros no mercado secundário – onde são transacionados os títulos entre os investidores – implicou uma queda do prémio de risco, o spread em relação ao custo da dívida alemã, o que significa que os juros das obrigações portuguesas desceram mais do que os da dívida alemã.

O spread desceu para 66 pontos-base (um pouco mais do que seis décimas), o nível mensal mais baixo em 2023, até à data.

Os juros no mercado secundário das obrigações do Tesouro e o spread da dívida portuguesa situam-se, agora, claramente no grupo de topo das economias do euro com custo de endividamento mais baixo, formado por Alemanha, Países Baixos, Irlanda, Finlândia, França, Áustria, Bélgica e Portugal. Este grupo fechou novembro com juros abaixo de 3,2% e um prémio inferior a sete décimas (70 pontos-base).

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