Raio-x do Pan 2023: veja os esportes do Brasil que sobem e descem | brasil em paris

Como acontecem em todas as edições dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil fechou a competição com altos e baixos de diversas modalidades. Por conta do recorde de medalhas obtidos, a balança foi muito mais positiva do que negativa, mas o país também teve alguns resultados abaixo do esperado. Veja a seguir o mapeamento que o blog preparou sobre cada modalidade nesta edição.

Esportes que tradicionalmente trazem muitas medalhas para o Brasil conseguiram colaborar bastante para o quadro geral de medalhas: casos de judô, atletismo, ginástica artística, natação, tênis de mesa, vela e vôlei.

No judô, o Brasil perdeu algumas lutas muito importantes – casos de Rafael Silva para o campeão mundial Andy Granda, Beatriz Souza para a multicampeã Idalys Ortiz (na prova por equipes, Bia ganhou), Rafael Macedo para Ivan Morales e Leonardo Gonçalves para Shady El Nahas. Mas, a modalidade conseguiu fazer a melhor campanha da história com sete ouros – destaque para jovens como Gabriel Falcão, Michel Augusto e Alexia Nascimento.

No atletismo, foram sete ouros, com destaque para Renan Gallina, campeão dos 200m e dos 4x100m rasos. Uma campanha muito boa, impulsionada pela debandada de alguns atletas estrangeiros que estavam inscritos para provas de pista, mas desistiram de última hora.

Badminton, ciclismo mountain bike e BMX freestyle, ginástica de trampolim, tiro com arco, levantamento de peso, saltos ornamentais, tiro com arco e o polo aquático feminino conquistaram medalhas que já eram esperadas para compor o quadro de medalhas.

O badminton, mesmo com lesões, conquistou três pratas e um bronze, o ciclismo mountain bike foi ao pódio com dois bronzes, o levantamento de peso conquistou a meta: um bronze. Os saltos ornamentais conquistaram o bronze com a plataforma sincronizada feminina. O polo aquático feminino ficou com o bronze pela quarta vez seguida, em uma vitória apertada na disputa do terceiro lugar. Na ginástica de trampolim, o Brasil conquistou quatro medalhas -três pratas e um bronze, com destaque para as boas notas de Rayan Dutra e Camilla Lopes no individual. No tiro com arco, duas pratas e um bronze, com destaque para a vaga olímpica conquistada por Ana Machado, derrotando a número 4 do ranking mundial na semi. Por fim, Gustavo Balaloka foi bronze no ciclismo BMX freestyle, primeiro pódio da história do país na modalidade, que entrou no Pan em 2019.

Modalidades um pouco menos divulgadas por aqui, mas que tiveram medalhas olímpicas recentes, ficaram com resultados abaixo do esperado. Casos do pentatlo moderno, que saiu zerado pela primeira vez em 24 anos, e tiro esportivo, que com apenas um bronze fez a pior campanha neste século.

Modalidades como hóquei na grama, escalada, breaking, ciclismo pista e ciclismo estrada ficaram sem medalhas. Não estava projetado nenhum pódio para essas categorias, que ainda precisam evoluir bastante por aqui.

Nos Jogos Pan-Americanos, existem modalidades que estão fora do programa olímpico. E, como de costume, esses esportes ajudaram o Brasil no quadro de medalhas. A patinação artística manteve a tradição e, pela sexta vez seguida, trouxe uma medalha de ouro. O caratê, embora tenha ficado sem ouro, conquistou seis pódios. A pelota basca repetiu o bronze de quatro anos atrás. O esqui aquático conseguiu um bronze inesperado com Felipe Neves, que esteve nos últimos quatro Pans, e foi ao pódio pela primeira vez.