“Eu, Deizy Nhaquile, serei a próxima Garota de Ouro de Moçambique.”
Essa postagem otimista, feita pela velejadora em sua conta no Instagram em 1 de agosto de 2021, merece atenção pelo seu timing.
Apenas dois dias antes, no seu aniversário de 21 anos, Nhaquile terminou em 40o lugar na disputa da classe Laser Radial feminina em Tóquio 2020.
Entretanto, ela afirmou: “Não estou triste com meu resultado porque dei tudo de mim”.
Naquele momento, Nhaquile já tinha feito história ao ser a primeira atleta a assegurar a Moçambique uma vaga na disputa da vela nos Jogos, ao vencer o Classificatório Africano de 2019, na Argélia. Após a experiência no Japão, ela também tornou realidade o sonho de ser uma atleta Olímpica.
Citando o feito obtido por ela em um esporte reservado a poucos privilegiados, Nhaquile completou: “Quero agradecer a mim mesma por ser essa Menina-Mulher forte.”
Agora ela quer obter a vaga novamente para Moçambique na classe Laser Radial, agora chamada de ILCA 6 (barco individual feminino), em Paris 2024. E isso começa com a disputa do Classificatório Africano, de 1 a 9 de dezembro em Soma Bay, no Egito.
Será a segunda oportunidade de os velejadores da região obterem vagas aos Jogos – a primeira foi no Mundial desse ano, realizado em Haia, nos Países Baixos. Serão duas cotas disponíveis para o primeiro e segundo colocados, tanto para o ILCA 6 como para o ILCA 7 (o Laser, barco individual masculino), das nações africanas que ainda não tiverem assegurado presença.
Nhaquile disputou o Mundial e terminou na posição de número 100, mas conseguiu um 13o lugar como melhor resultado – o que alimenta suas esperanças de obter novamente a vaga Olímpica para Moçambique.
Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.
ENTENDA | O sistema Olímpico de classificação da vela para Paris 2024
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