Quando a sucessão não corre como previsto

Uma sucessão real ocorre, quase sempre, de forma bastante simples: o monarca em exercício falece, de forma mais ou menos natural, e o herdeiro designado, normalmente o filho ou filha mais velhos, toma o seu lugar. Faz-se luto por quem falece, dá-se vivas ao novo líder.

O 1º de Dezembro de 1640 não foi, como é sabido, uma dessas situações. O dia que pôs fim a 60 anos da chamada “União Ibérica” – motivada por uma situação anormal de sucessão, cortesia das desventuras de Dom Sebastião no deserto de Alcácer-Quibir – levou ao início de uma nova dinastia com Dom João IV a encabeçá-la. O nobre de Vila Viçosa era um primo afastado de Dom Sebastião e o herdeiro mais directo aceitável para se colocar no trono de Portugal à altura.

DOMÍNIO PÚBLICO (NO MUSEU MILITAR DE LISBOA)

Um golpe de Estado chefiado pelo grupo “Os Quarenta Conjurados” pôs termo a 60 anos do domínio filipino sobre o território português. Após a restauração da independência, arranca a quarta dinastia portuguesa – a Casa de Bragança. Esta obra, assinada por Veloso Salgado, ilustra a aclamação de Dom João IV como primeiro rei de Portugal após a Restauração. 

O que é certo é que não foi caso único de um rei que se torna governante de Portugal em circunstâncias sucessórias convulsas, misteriosas ou até caricatas. O que todas elas têm em comum é serem inusitadas. Vamos falar de três casos, espalhados por diferentes dinastias.

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