Província canadense sofre com doença cerebral ‘misteriosa’

O número de pessoas afetadas por uma doença cerebral “misteriosa” e potencialmente mortal na Província de New Brunswick, no leste do Canadá, tem crescido consideravelmente.

Grande parte desses casos ocorre entre os jovens, que geralmente não apresentam sintomas semelhantes aos da demência nem sinais de outros problemas neurológicos.

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De acordo com o jornal norte-americano New York Post, cientistas observaram sintomas como alucinações, perda de massa muscular, problemas de visão, perda de memória e movimentos anormais em um grupo de pacientes, em 2015. De lá para cá, o número de casos cresceu até 48.

Doença cerebral misteriosa em jovens é “preocupante”

O New York Post informou que alguns especialistas em saúde e residentes locais dizem que o número de pessoas com a doença é muito maior e pode ultrapassar 200.

“Estou particularmente preocupado com o aumento do número de síndrome neurológica de início jovem e precoce”, escreveu o neurologista Doutor Alier Marrero, em carta de 30 de janeiro deste anos, ao diretor médico de New Brunswick e ao chefe federal de saúde pública, conforme o jornal canadense Toronto Star.

Imagem de Alier Marrero, especialista que trabalha no caso | Foto: Divulgação/Facebook/The Friends of The Moncton Hospital Foundation

“No último ano, acompanhei 147 casos, entre 17 e 80 anos”, disse Marrero, em sua carta. “Desses, 57 são casos de início precoce e 41 são casos de início jovem”. O jornal britânico Daily Mail informou que houve nove mortes atribuídas à doença misteriosa, em 2021.

A possível causa da doença

O especialista acredita que a doença pode estar ligada ao uso de pesticidas na Província predominantemente rural. O glifosato, um herbicida usado na agricultura, na indústria florestal e em herbicidas domésticos, tem sido o foco principal. Contudo, não há nenhuma comprovação disso.

Na carta, Marrero alerta que testes laboratoriais recentes em pacientes mostraram “sinais claros de exposição” ao glifosato, bem como a outros compostos ligados a herbicidas. Marrero é um dos poucos especialistas que acompanha os casos misteriosos.

O pesquisador também observou que a presença deste elemento pode estar ligado à proliferação de algas verde-azuladas em corpos d’água. Essas algas são um tipo de cianobactéria que pode adoecer pessoas e matar animais, até mesmo os de estimação.

Leia também: “A Era de Ouro da medicina”, artigo de Dagomir Marquezi publicado na edição 171 da Revista Oeste.

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