Presidente Cabo-verdiano condena abstenção em votação sobre cessar-fogo em Gaza

O Presidente da República, José Maria Neves, considera que a abstenção de Cabo Verde na votação da resolução que visava um cessar-fogo humanitário em Gaza não é justificável, dada a gravidade da situação.

Publicado a:

2 min

Em comunicado o chefe de Estado cabo-verdiano, afirmou que “considerando a magnitude do que está a acontecer no Médio Oriente, com uma escalada de violência que se tem traduzido num cenário de absoluta catástrofe humanitária, ceifando já mais de 18 mil vidas humanas, sendo 70% crianças, entende o Presidente da República que o posicionamento de Cabo Verde na votação da Resolução, na Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 12 de Dezembro, tendente a um cessar-fogo imediato, jamais poderia ser o da abstenção que não encontra justificação, nem mesmo com serena ponderação de todos os fatores, a começar pelos parâmetros constitucionais e a credibilidade externa de Cabo Verde“.

José Maria Neves voltou a reclamar por articulação política por parte do Governo, para a necessidade de “leal e verdadeira articulação em domínios tão sensíveis” para a República, nomeadamente das “relações externas”, algo que tem reclamado com frequência.

Como aconteceu com o encontro do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na ilha do Sal no passado fim de semana, em que o chefe de estado cabo-verdiano afirmou que nenhum dos procedimentos protocolares costumeiros foram observados na recepção do Chefe de Estado ucraniano, isto depois de o Governo ter confirmado que avisou o Presidente da República do encontro com o Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky.

O executivo de Ulisses Correia e Silva negou “falta de articulação” ou “lealdade institucional”, esclarecendo  em comunicado que o Presidente da Ucrânia solicitou, através dos canais diplomáticos, no dia 07 Dezembro, um encontro com o primeiro-ministro para o dia 09, que deveria acontecer durante uma escala no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, no Sal, em viagem para a Argentina. Ainda na referida nota, o primeiro-ministro alegou ter “informado no dia 08, ao Presidente da República”, José Maria Neves, do encontro com Zelensky.

Estes são os factos e não retratam falta de articulação ou falta de lealdade institucional. As relações institucionais entre o primeiro-ministro e o Presidente da República irão continuar a ser salvaguardadas e a articulação em matéria de política externa assegurada em nome do interesse comum da nação cabo-verdiana”, avançou em comunicado o governo de Cabo Verde.

Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.