No seu discurso na cerimónia de inauguração, cônsul honorária da República de Cabo Verde na Região Autónoma da Madeira, Susana Gramilho, considerou que o momento é histórico e um novo capítulo das relações entre Cabo Verde e a Madeira, ciente de que a “não é apenas uma representação formal, mas um ponto de encontro vital para fortalecer os laços culturais e históricos” partilhados
“Agradeço a todos por testemunharem este momento significativo fazendo votos para que a sede consular de Cabo Verde na Região Autónoma da Madeira seja o berço onde nascerão muitas e importantes acções para ambos os arquipélagos, bem como para a promoção e desenvolvimento da Macaronésia, espaço este que olho com grande potencial social, económico e cultural”, frisou.
Na inauguração da sede do consulado situada na Arca de São Francisco, no Funchal, Susana Gramilho lembrou os laços que une dos arquipélagos da Madeira e de Cabo Verde, nomeadamente a insularidade e a lusofonia, estando ciente de que as relações entre os dois serão intensificadas.
Susana Gramilho destacou as parcerias estabelecidas no âmbito do projeto MAC 2127 Interreg, que na sua opinião representam, não só projectos, mas “laços que unem as comunidades, promovem a partilha de conhecimentos e impulsionam o progresso económico e social.
A cônsul augurou que o novo espaço seja uma “incubadora de uma cada vez mais estreita e frutífera relação”, entre Cabo Verde e a Madeira, sublinhando o “compromisso contínuo em construir um futuro comum baseado na cooperação e no entendimento mútuo”.
Susana Gramilho foi nomeada ao cargo em Julho de 2022 e em declarações à Inforpress há alguns meses, assumiu a criação de uma linha aérea directa entre os dois arquipélagos como um dos seus principais objectivos, juntamente com o desenvolvimento de protocolos de cooperação nas mais diversas áreas.
Presentes na inauguração da sede do Consulado de Cabo Verde na Região Autónoma da Madeira estiveram várias entidades regionais, portuguesa e cabo-verdiana, entre as quais o director-geral dos Assuntos Consulares, António do Rosário Ramos, o conselheiro da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa, José Mendonça, e o ministro das Comunidades, Jorge Santos.
A inauguração do espaço estava inserida na programação da Mesclarte’23, uma plataforma de intervenção das indústrias criativas que tem a Madeira como foco difusor e que este ano Cabo Verde esteve no centro das atenções, que decorreu de 28 a 30 de Novembro, na Madeira.
Os consulados honorários de Cabo Verde em Portugal têm por missão, entre outras acções, apoiar os cidadãos nacionais e estrangeiros na prestação de alguns serviços consulares, como os vistos e legalização de documentos.
Existem também outros actos que requerem a intervenção da secção consular da embaixada em Lisboa e os consulados podem servir de intermediários, nomeadamente na organização de processos de casamento ou procurações, pedidos de nacionalidade e transcrições de registos.
No entanto, os pedidos de documentos de identificação como passaporte e cartão nacional de identificação, que pelo menos por agora, só podem ser solicitados na secção consular da embaixada em Lisboa, Susana Gramilho fez saber que também gostaria de poder fazer, ou seja, “desempenhar todas as funções possíveis a um consulado”.
Em Portugal existem consulados honorários no Porto, Coimbra, Portimão, Açores e agora na Madeira.
Inforpress/Fim
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