Portugal registou número recorde de pedidos de patentes – Portugal

Os pedidos de patentes portuguesas junto da Organização Europeia de Patentes (OEP) atingiram um valor recorde em 2023, tendo aumentado 5,4% em relação ao ano anterior, com um total de 329 pedidos, de acordo com o Patent Index 2023, publicado esta terça-feira.













“Há um aumento, o que nos deixa satisfeitos. Portugal acompanha a tendência global. Houve três vezes mais pedidos do que os registados, por exemplo, em 2014”, diz à SÁBADO Inês Vieira Lopes, coordenadora regional na Direção de Relações Internacionais da OEP.

Em relação aos fatores que conduziram a este aumento em Portugal, a responsável da OEP, destaca a inovação tecnológica que se observa em vários setores, mas também uma “maior consciência dos agentes de inovação para a utilidade de recorrer ao sistema de patentes”.

Benefícios como a segurança do investimento, a exclusividade e a possibilidade de transacionar a patente no futuro são algumas das razões que podem explicar o número recorde de pedidos registado. “Além disso, existiu um esforço da organização para tornar as patentes mais acessíveis, através do acesso a plataformas informáticas e de incentivos financeiros,” acrescenta Inês Vieira Lopes. 

Sobre o processo de registo das patentes, explica ainda: “Não é um processo automático e tem várias fases processuais. Na OEP o prazo médio para o registo é de dois a três anos e meio”.

No que diz respeito aos setores com mais pedidos de patentes de Portugal no mercado europeu, a tecnologia informática e a tecnologia médica destacam-se, já que representam quase um quinto do total. A NOS Inovação, a Universidade do Porto e a Sword Health são os novos três principais requerentes, registando o maior número de patentes através da OEP no ano passado.

“Há um grande peso das universidades no patenteamento em Portugal, representando mais de metade dos pedidos, sobretudo de instituições do Norte, e de centros de investigação”, refere Inês Vieira Lopes. De acordo com o Patente Index 2023, a região Norte lidera o ranking regional e foi responsável por 158 pedidos de patentes registados na OEP, com uma quota de 48% do total de pedidos. Segue-se a região Centro e Lisboa, com 73 e 72 pedidos, respetivamente. 

Este ano, o estudo também analisou a contribuição das mulheres para a inovação, sendo que “52% dos pedidos apresentados com origem em Portugal têm pelo menos uma mulher como inventora”, sublinha Inês Vieira Lopes. O valor em causa representa quase o dobro da média dos 39 Estados-Membros da OEP.
 
No ano passado, no total, a organização registou 199.275 pedidos de patentes, por parte de inventores de todo o mundo. Os cinco países que originaram mais pedidos de patentes europeias, em 2023, foram os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a China e a República da Coreia. Entre as empresas que se destacaram nestes pedidos estão a Huawei, a Samsung e a LG, que ocupam os três primeiros lugares.









Os pedidos de patentes portuguesas junto da Organização Europeia de Patentes (OEP) atingiram um valor recorde em 2023, tendo aumentado 5,4% em relação ao ano anterior, com um total de 329 pedidos, de acordo com o Patent Index 2023, publicado esta terça-feira.

“Há um aumento, o que nos deixa satisfeitos. Portugal acompanha a tendência global. Houve três vezes mais pedidos do que os registados, por exemplo, em 2014”, diz à SÁBADO Inês Vieira Lopes, coordenadora regional na Direção de Relações Internacionais da OEP.

Em relação aos fatores que conduziram a este aumento em Portugal, a responsável da OEP, destaca a inovação tecnológica que se observa em vários setores, mas também uma “maior consciência dos agentes de inovação para a utilidade de recorrer ao sistema de patentes”.

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