Agentes da PSP e militares da GNR entregam pedidos de escusa para evitar nomeação como motoristas. Manifestações começaram há uma semana.
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Vigília noturna em Coimbra, tal como noutros pontos do País, levou polícias a dormir em frente ao Comando
Depois das renúncias aos serviços gratificados, da recusa em trabalhar com viaturas sem condições, das vigílias no Parlamento, dos protestos fardados e da confrontação direta com o ministro da Administração Interna, os polícias estão a encontrar novas formas para mostrar o que está mal nas forças de segurança para lá dos ordenados e suplementos. Agora são os pedidos de escusa, por escrito, de conduzirem carros-patrulha durante o serviço devido “a falta de formação adequada”. É um novo episódio no braço de ferro que dura há uma semana, mas que, se tiver sucesso, ameaça paralisar PSP e GNR.
“Desde que ingressei na PSP, efetuei Exame de Seleção de Motorista de viaturas policiais, há mais de 20 anos, e mesmo durante esse exame não me foi dada formação para circular em marcha de urgência, ou qualquer outro tipo de formação especial para viaturas policiais. Em virtude de considerar insuficiente ou mesmo inexistente formação que a PSP me deu para a condução de viaturas policiais, que não raras vezes têm de circular em marcha de urgência, informo que não me sinto em condições para poder conduzir uma viatura policial sem que com isso possa vir a comprometer a minha segurança, a dos meus colegas e dos cidadãos”, lê-se no texto com base numa minuta que está a ser usada por dezenas de operacionais de todo o País. Os mesmos garantem que não se recusam a operar os carros-patrulha, mas exigem que a nomeação dos motoristas em cada turno seja feita por escrito pela hierarquia. Esta é mais uma forma, legal, que os polícias estão a usar para protestar por melhores salários e condições de trabalho.
Hino em protesto põe António Costa ‘em sentido’
António Costa esteve este sábado de manhã no concelho alentejano do Crato para a assinatura de um protocolo que vai finalmente levar à construção da Barragem do Pisão – prevista desde 1957 e vai custar 200 milhões de euros. Mas foi recebido por cerca de 30 elementos da PSP e GNR em protesto por melhores salários. Sabe o CM que o ainda primeiro-ministro pretendia ignorar o protesto, mas foi alertado por um assessor de que estava a ser cantado o hino nacional. Respeitando as obrigações, a terceira figura do Estado parou e pôs-se em sentido, aguardando em silêncio pelo fim.
Depois das renúncias aos serviços gratificados, da recusa em trabalhar com viaturas sem condições, das vigílias no Parlamento, dos protestos fardados e da confrontação direta com o ministro da Administração Interna, os polícias estão a encontrar novas formas para mostrar o que está mal nas forças de segurança para lá dos ordenados e suplementos.
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