O que se sabe sobre morte de haitiana que foi atropelada por ônibus escolar em Campinas | Campinas e Região

A informação inicial é de que a vítima fatal foi atingida na calçada. Ela estaria indo buscar a filha na escola. A motorista do ônibus não se feriu.

O g1 listou abaixo o que se sabe até o momento sobre a morte da haitiana.

Nascida e criada no Haiti, a vítima foi identificada como Marie Jeanne Phili Pepe. Ela tinha 35 anos e morava em Campinas desde 2015 com o marido e três filhos, de 16, 11 e 6 anos de idade.

Marie Jeanne veio ao Brasil com a família pouco depois do marido, que veio antes em busca de trabalho.

Falha mecânica pode ter ocasionado o acidente

A suspeita do Corpo de Bombeiros é que o ônibus tenha perdido o freio. Testemunhas relataram que a motorista trafegava no piçarrão quando percebeu que o veículo estava sem freio e entrou na rua Padre Francisco de Abreu Sampaio, menos movimentada. Antes de atingir a vítima, o ônibus atingiu três carros e um muro. Ocupantes desses veículos tiveram ferimentos leves.

“Pelo que a motorista falou, ela perdeu o freio. […]Tudo agora vai ser levantando pela perícia, mas é o que a gente tem o relato das pessoas que viram a ocorrência e, principalmente, o relato da motorista”, tenente Rafael Vieira, do Corpo de Bombeiros.

Ônibus transportava 22 crianças

O ônibus escolar transportava 22 crianças, mas elas não ficaram feridas. Um dos carros atingidos no acidente estava com uma mulher e uma criança. Ambas tiveram ferimentos leves.

Um poste de energia elétrica também foi atingido pelo ônibus e, segundo a CPFL, a troca do poste será feita nesta quarta-feira (8). Os moradores da região não chegaram a ficar sem energia.

A motorista que conduzia o ônibus tem 62 anos e tinha buscado as crianças em uma escola no bairro Parque Itália. Ela estava indo para o bairro São Bernardo quando teria percebido uma falha nos freios no caminho.

Ela tentou retornar para a escola, mas acabou se envolvendo no acidente.

Motorista trabalha no serviço há 37 anos

Segundo o advogado de defesa da motorista do ônibus, ela atua há 37 anos transportando crianças e relatou ao defensor que perdeu o freio do veículo antes do acidente.

“Houve uma falha mecânica tendo em vista que durante essa semana ela fez toda a vistoria, toda a revisão no veículo. E na data de hoje, a Emdec teve a oportunidade de fazer a constatação de que o veículo estava efetivamente em ordem e colocou o selo atestando a regularidade. Porém, a gente faz questão que a perícia constate agora que ela não tem freio para atestar a falha exclusivamente mecânica”, afirmou Fabrízio Rosa.

O corpo de Marie Jeanne ainda está no Instituto Médico Legal (IML). Ela deve ter o corpo velado nesta quarta-feira (8).

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