Luis Carlos Silva fez estas afirmações em conferência de imprensa para reagir às declarações do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), que acusou o Governo de envolver Cabo Verde num “grande escândalo que mancha a imagem externa” do país.
“Relativamente ao tema Alex Saab, reiteramos que Cabo Verde é um Estado de direito democrático, submetido aos princípios da separação de poderes e por mais que se esforcem não vão conseguir atingir o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva”, declarou.
Relembrou ao PAICV que o Governo não decreta prisões, mas sim que o mesmo pode deter, mas que de seguida tem de entregar à Justiça, que, por sua vez, assume, a partir de ali, a tutela dos processos.
“Neste processo, os poderes agiram dentro da legalidade e em resposta a um mandado internacional de detenção. A decisão de prisão e consequente extradição foi tomada pela Justiça de Cabo Verde, cumprindo com as suas obrigações internacionais e em pleno respeito pela independência e autonomia dos poderes”, declarou.
Reafirmou neste sentido que o Governo conduz a política externa em “total e séria articulação” com os demais poderes e com base no programa de Governo sufragado nas urnas pela população.
Sublinhou que enquanto o PAICV tenta desacreditar, Cabo Verde recebeu o apoio do Banco Mundial, disponibilidade do FMI para financiamento e selecionado para o IIIº Compacto do MCC.
Luis Carlos Silva frisou, por outro lado, que, com sua comunicação, o PAICV parece sugerir um caminho alternativo, possivelmente, uma intromissão na Justiça, algo que, “como é óbvio, é inaceitável em Cabo Verde enquanto Estado de direito”.
“Este tipo de acção faz parte do nosso passado, um passado de má memória, e é missão do MpD assegurar que o poder absoluto nunca mais encontre espaço em Cabo Verde. Para terminar, permitam-nos congratular com o acordo alcançado entre os EUA e a Venezuela, um passo positivo nas relações internacionais”, acrescentou.
Asseverou ainda que os demais temas levantados pelo PAICV são objectivamente uma tentativa de desviar o foco da agenda política nacional dos salários da primeira-dama, ressaltando que num momento em que toda a sociedade clama por mais informações e mais esclarecimentos sobre o tema, “o PAICV é único que parece estar de bem com a utilização ilegal e indevida” de recursos públicos que “aconteceu na Presidência da República”.
Para o MpD, realçou, este silêncio é a confissão da parcialidade deste partido e da forma interesseira como lida com os temas da nação, priorizando, claramente, seus interesses político-partidários em detrimento dos interesses da nação.
Inforpress
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