MP do Peru pede 34 anos de prisão a ex-presidente que tentou golpe

O Ministério Público do Peru pediu uma pena de 34 anos de prisão para o ex-presidente Pedro Castillo por sua tentativa de dissolver o Congresso e aplicar um golpe de Estado em dezembro de 2022.

Castillo é acusado dos crimes de rebelião, abuso de autoridade e perturbação da tranquilidade pública. O pedido foi apresentado ao tribunal e será analisado pelo juiz responsável pelo caso, Juan Carlos Checkley, nas próximas semanas.

Castillo antecipou-se a uma sessão em que o Congresso analisaria um terceiro processo de destituição por corrupção em 7 de dezembro de 2022

Ele anunciou a dissolução do Legislativo e a convocação de uma Assembleia Constituinte em uma mensagem transmitida ao país mais cedo naquele mesmo dia.

Após sua tentativa fracassada, Castillo foi afastado do cargo e levado para o presídio de Barbadillo, um pequeno centro de detenção para presidentes dentro da sede da Diretoria de Operações Especiais da Polícia, ao leste de Lima.

Desde então, o ex-presidente está cumprindo uma pena de prisão preventiva que vai até dezembro de 2024.

Castillo alega sua inocência e afirma que nunca pegou em armas. Ele argumenta que a dissolução do Congresso não foi consumada porque suas ordens não foram seguidas pelas Forças Armadas.

Em uma audiência realizada em dezembro do ano passado, o político chegou a comparar sua situação com a de Fujimori, recém-liberado da prisão por questões médicas.

Peru teve seis presidentes nos últimos cinco anos. Desde 2018, houve uma renúncia, uma tentativa de dissolução do Congresso e um impeachment, além da prisão de um ex-presidente e do suicídio de outro.

A atual mandatária, Dina Boluarte, também enfrenta uma série de protestos.

Um fator decisivo para esse terremoto político foi a Lava Jato, a operação iniciada no Brasil que desvelou esquemas de corrupção da Odebrecht nos governos peruanos.

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