Moçambique: 45 distritos são considerados críticos em termos de ocorrência de conflitos Homem-Fauna Bravia
Em Moçambique 168 pessoas perderam a vida de 2019 a 2022 devido ao conflito Homem-Fauna, sobretudo, junto das comunidades próximas às áreas de conservação e parques nacionais.
No país, dos 154 distritos, 45 são considerados críticos em termos de ocorrência de Conflito Homem-Fauna Bravia, que muitas vezes resultam em mortes, ferimentos e destruição de campos de produção.
A Ministra da Terra e Ambiente de Moçambique, Ivete Maibaze, na Reunião Nacional sobre Conflito Homem-Fauna Bravia, realizada este sábado, em Maputo, disse que o registo de casos desta natureza ainda preocupam as autoridades, embora reconheça que o problema é histórico, aliado ao crescimento da população humana.
Ivete Maibaze aponta que os elefantes, crocodilos hipopótamos, búfalos e hienas são os animais que mais mortes causaram nos últimos quatro anos. Também destruíram perto de 1000 hectares de produtos diversos.
“A nossa preocupação prende-se com o facto de nos 45 distritos em causa, ter se registado, de 2019 a 2022, cerca de 168 casos de perda de vidas humanas e destruição de 955 hectares de culturas diversas, de entre elas milho, gergelim, mexoeira e hortícolas. As espécies mais problemáticas são: elefante (Maputo, Manica, Sofala, Nampula e Niassa), crocodilo (Tete, Sofala e Manica), hipopótamo (Sofala e Tete), hiena (Maputo e Gaza) e búfalo (Maputo, Gaza e Sofala)”.
Segundo a ministra, para minimizar a problemática, o governo tem desenvolvido várias acções como o afugentamento, translocações, controle GPS por colar, reforço de vedação, abate de animais considerados problemáticos, sensibilização às comunidades e sessões de formação de técnicos em mecanismos de mitigação.
Vários intervenientes da área de conservação entre governamentais e do sector privado estavam na reunião de Maputo, que reflectiu sobre a situação do Conflito Homem-Fauna Bravia em Moçambique.
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