Ministério Público do Peru investiga ex-Presidente por suspeita de corrupção

O Ministério Público do Peru anunciou na terça-feira o início de um processo preliminar contra o ex-Presidente Martín Vizcarra (2018-2020) por alegados crimes de organização criminosa e conluio agravado, no âmbito de um escândalo de corrupção.

Num comunicado divulgado numa rede social, os procuradores também informaram que abriram um processo contra Edmer Trujillo, que foi ministro dos Transportes e Comunicações no governo liderado por Vizcarra.

Após o anúncio, Vizcarra afirmou numa entrevista a uma estação de televisão peruana estar satisfeito com a abertura do processo preliminar, pois acredita que isso lhe permitirá provar a sua inocência.

O antigo chefe de Estado argumentou que o caso não tem fundamento, uma vez que os alegados subornos teriam sido pagos a funcionários do Ministério dos Transportes quando ele ainda não era presidente e já após ter deixado o cargo.

O Ministério Público do Peru já havia confirmado no final de janeiro que estava a investigar a “suposta organização criminosa ‘Os Intocáveis da Corrupção’, que alegadamente seria liderada por Martín Vizcarra e teria praticado atos de corrupção entre março de 2018 e dezembro de 2020, com o intuito de obter cargos de forma ilícita”.

A investigação incluiu buscas em 11 residências e a apreensão de seis propriedades imobiliárias e bens pessoais em Lima e na cidade de Moquegua, no sul do país, de onde Vizcarra é natural.

Os procuradores já haviam acusado Vizcarra de corrupção passiva noutro processo, onde pedem uma pena de 15 anos de prisão e a suspensão dos direitos políticos por mais nove anos.

O ex-dirigente foi proibido de concorrer a cargos públicos em abril de 2021, após ter sido considerado culpado de obter a vacina contra a COVID-19 de forma irregular.

Vizcarra junta-se a uma lista de ex-chefes de Estado peruanos processados ou condenados por corrupção em diversos casos: Alberto Fujimori (1990-2000), Alejandro Toledo (2001-2006), Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018) e Pedro Castillo (2021-2022).

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