Memórias: Conjunto Getúlio Vargas, em Guadalupe, na Zona Norte, é celeiro de craques do futebol | Rio de Janeiro
A série “Memórias”, do Bom Dia Rio, fala nesta terça-feira (28) da Favela do Muquiço, em Guadalupe, na Zona Norte. Foi nos campinhos de um conjunto habitacional imenso que surgiram alguns campeões da Taça das Favelas, como João Calebe, de 18 anos.
“A Taça foi importante para as favelas porque, geralmente, quando isso passa na televisão, passa sempre a violência urbana. Naquele momento, passou pelo futebol, pela arte. Então, a Favela do Muquiço, para mim, significa resistência”, disse o jogador de futebol.
O morador Geraldo Luiz Castro, que mora há 66 anos no Conjunto Habitacional Getúlio Vargas, conta que o prédio era muito bonito e na época da construção foi considerado o maior conjunto da América Latina. E foi erguido para abrigar a população menos favorecida em seus 1.320 apartamentos, em 26 blocos, que se estende por um quilômetro de extensão.
Dois eventos marcam a vida de João Calebe no conjunto: a morte de Manduca – o músico Evaldo dos Santos Rosa, que teve o carro alvejado com mais de 80 tiros por militares do Exército – e a conquista da Taça das Favelas.
O futebol também é a lembrança mais marcante que Geraldo tem do conjunto. Ele lembra que no local tinha uma pelada muito boa. Ele foi fundador de vários times. Mas lamenta que o poder público tenha abandonado o conjunto habitacional.
“Já tive vontade de sair daqui. Mas hoje, às vésperas de 72 anos, não tenho mais vontade de sair. Meus amigos estão todos aqui. E lembra que do conjunto, saíram grandes nomes do futebol, como Geraldo, Jorginho e Donato”, disse Geraldo, que afirma ter deixado um legado para as novas gerações de Guadalupe.
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