Mancha solar tem explosão e causa blecaute em rádios de ondas curtas na América do Sul | Ciência e Saúde

Explosão solares — Foto: Nasa

Uma intensa explosão solar foi registrada na última terça-feira (16/7): a mancha solar AR3738 teve uma erupção que causou blecautes em rádios de ondas curtas, principalmente na África e Europa e em parte da América do Sul e do Norte.

O Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) do Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) relatou que a localização atual da mancha solar não permite afirmar se a Terra está no caminho para um impacto direto da erupção, mas reforça que segue o monitoramento.

Apuração feita pelo Spaceweather.com revela que a localização do AR3738 se aproxima da Espiral de Parker, o que os cientistas chamam de “zona de perigo” por ser uma área que conecta a mancha solar com a Terra.

O evento foi bastante comentado no X (antigo Twitter). O astrofísico Keith Strong – especialista no tema – chegou a postar que essa passou a ser a 17º maior explosão da história. “Ao contrário dos seus antecessores X e M desta região, AR3738 parecia produzir sim uma CME. Esta é a 17º maior explosão deste ciclo”, escreveu.

Em maio deste ano, a Nasa divulgou um vídeo de uma erupção de classe X (tipo mais forte), a 17ª maior explosão até então já observada.

De acordo com a agência, explosões ou erupções solares são emissões gigantes de energia, luz e partículas de alta velocidade do Sol. Essas erupções são frequentemente associadas a tempestades magnéticas solares conhecidas como ejeções de massa coronal (CMEs).

Os dados da agência espacial mostram que essas erupções solares aumentam aproximadamente a cada 11 anos, e o Sol está atualmente se movendo em direção a outro máximo solar, o que significa que mais erupções virão, “algumas pequenas e algumas grandes o suficiente para enviar sua radiação até a Terra”.

As maiores explosões são conhecidas como “explosões de classe X”, com base em um sistema de classificação que as divide de acordo com sua força. As menores são de classe A (próximo aos níveis de fundo), seguidas por B, C, M e X. Semelhante à escala Richter para terremotos, cada letra representa um aumento de 10 vezes na produção de energia. Então, um X é dez vezes um M e 100 vezes um C. Dentro de cada classe de letra, há uma escala mais fina de 1 a 9.

A Nasa afirma que ela, assim como a NOAA, a Agência Meteorológica da Força Aérea dos EUA (AFWA), entre outros órgãos, mantêm uma vigilância constante sobre o Sol para monitorar as explosões de classe X e suas tempestades magnéticas associadas. Com aviso prévio, muitos satélites e espaçonaves podem ser protegidos dos piores efeitos.

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