Líder do PCC que tinha vida de luxo no Paraguai é condenado a 11 anos de prisão

Condenação de alto escalão do PCC em São Paulo

A Justiça paulista proferiu sentença condenatória contra Marcelo Moreira Prado, conhecido como Sem Querer ou Exu, figura de destaque no Primeiro Comando da Capital (PCC), impondo-lhe uma pena de 11 anos e 10 meses de prisão por associação a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Anúncio da sentença por juiz especializado

O veredicto foi divulgado em 1º deste mês pelo juiz Thiago Baldani Gomes De Filippo, da 1ª Vara de Crimes Tributários e Lavagem de Bens e Valores da Capital, destacando que o réu e seus comparsas movimentaram R$ 1,2 bilhão provenientes do tráfico de drogas da facção, no período entre janeiro de 2018 e junho de 2019.

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Imagem: Divulgação

Sem Querer encontra-se detido desde 18 de julho de 2018, quando foi capturado no Paraguai, onde levava uma vida de ostentação em Assunção. Residindo em uma mansão alugada em um bairro rico da capital paraguaia, o criminoso desfrutava de luxos como piscina, dezenas de cômodos, carros e motos importados, tudo custeado pelo PCC, conforme revelado pelas investigações.

Prisão internacional e extradição

A prisão de Sem Querer ocorreu em conjunto com seu comparsa Eduardo Aparecido de Almeida, conhecido como Pisca, também membro da alta cúpula do PCC. Ambos foram detidos em uma operação conjunta da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e agentes da Polícia Federal do Brasil. 

A dupla, enviada ao Paraguai pelo PCC para assumir o controle do tráfico de drogas, foi extraditada para o Brasil meses depois.

Continuidade dos crimes na prisão brasileira

Mesmo detidos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, Sem Querer e Pisca continuaram a praticar crimes, conforme indicado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). 

Em setembro de 2020, foram denunciados, juntamente com outros 16 réus, no âmbito da Operação Sharks, destinada a combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro perpetrados pela maior facção criminosa do país.

Conclusão da Operação Sharks

As investigações iniciadas em agosto de 2018, sob o comando do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), resultaram na prisão de Robson Sampaio de Lima, apelidado de Tubarão, nome que originou o título da operação. 

Até o momento, o juiz De Filippo condenou nove réus e absolveu seis, aguardando o julgamento de Marcos Roberto de Almeida, Odair Lopes Mazzi Júnior e o próprio Pisca, comparsa de Sem Querer, cuja sentença deve ser anunciada em breve.


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