“Há anos que peço para voltar a Portugal para um concerto” – NiT

Laura Pausini: “Há anos que peço para voltar a Portugal para um concerto”

Após mais de duas décadas, a artista italiana regressa ao nosso País. Vai subir ao palco da Altice Arena a 3 de fevereiro.

Não atua em Portugal há mais de 20 anos.

O público português está com saudades de Laura Pausini, e parece que o sentimento é mútuo. A italiana regressa a Portugal a 3 de fevereiro, volvidos 25 anos sobre os concertos de 1999. A cantora irá subir ao palco da Altice Arena acompanhada por Paolo Carta, com quem casou a 22 de março do ano passado. “A nossa vida a dois anda sempre em torno da música e dos concertos. E haverá algo mais romântico do que atuarmos e cantarmos no mesmo lugar?”, conta à NiT.

A Laura Pausini World Tour tem, por isso, um duplo propósito: a celebração de três décadas da carreira é também uma espécie de lua de mel. A cantora de 49 anos irá, certamente, entoar muitos dos seus hits, como “La Solitudine”, “Strani Amore” e “Non C’é”, ao longo das duas horas previstas para o espectáculo.  

O principal objetivo da artista é agradecer aos fãs o amor que lhe têm mostrado ao longo dos anos, que é também o mote da digressão mundial que arrancou a 8 de dezembro em Roma. Ainda existem bilhetes (entre os 80€ e os 150€) para o concerto na Altice Arena e podem ser adquiridos online. 

Leia agora a entrevista da NiT a Laura Pausini.

A sua última digressão, a Fatti Sentire World Tour, foi em 2018. Estava ansiosa por regressar à estrada?
Sim, decorreram cinco anos desde a minha tour anterior. Nunca tinha estado tanto tempo parada após uma digressão. Esta foi a primeira vez. Nos últimos anos vivi momentos ótimos: apresentei a Eurovisão em 2022, fui distinguida nos Grammys latinos e recebi o prémio Lo Nuestro, em 2018. Também fui uma das mentoras no “The Voice Espanha”, gravei um filme biográfico onde imagino como poderia ter sido a minha se não tivesse vencido o Festival San Remo em 1993. Lancei uma canção chamada “Io Si (Seen)” para o “La Vita Davanti A Sé”. O tema esteve nomeado aos Óscares e ganhou um Globo de Ouro. Posso dizer que foi uma pausa fantástica, mas estou entusiasmada com o regresso.

Como se preparou para esta maratona de concertos?
Estive um ano a preparar-me física e vocalmente. Artisticamente, fiz de tudo para proporcionar aos fãs os espectáculos que merecem, agradecendo-lhes pelos 30 anos de música juntos. Sem eles, não estaria aqui. Estou muito entusiasmada, mas também sinto uma enorme responsabilidade. Afinal, sou uma perfecionista e quero que tudo esteja impecável. Todos os detalhes importam.

Comparou esta digressão a uma lua de mel. Porquê?
O Paolo e eu estamos juntos há 18 anos. A nossa vida sempre andou à volta da música e dos concertos de ambos. Haverá algo mais romântico do que atuarmos e cantarmos no mesmo palco? E depois do concerto também teremos muito tempo para estarmos juntos, se é que me faço entender [risos].

A sua filha não irá acompanhar a digressão na íntegra. Prevê uma tour mais difícil por causa disso?
Só vai participar a tempo inteiro quando a digressão passar pela América, porque não pode faltar às aulas. Embora ela já tenha viajado pelo mundo, nunca veio a Portugal, por isso decidimos abrir uma exceção e trazê-la. Queremos que conheça o vosso país.

Pode revelar como será o concerto em Lisboa?
O espetáculo vai ser enorme. Planeei todos os momentos ao pormenor porque quero que todos representem quem sou. Vou ter um grupo de performers em palco e vamos apresentar coreografias emocionantes. Também vou abordar tópicos importantes, como as mudanças climáticas e a violência contra as mulheres. Quero usar a minha voz para chamar à atenção para estes assuntos.

Porque decidiu fazê-lo?
As alterações climáticas afetam os direitos humanos. A violência contra as mulheres também faz parte da nossa realidade, e acredito que temos de fazer tudo ao nosso alcance para empoderarmos as vítimas que não sentem coragem para denunciarem os seus agressores. Temos obrigação de impedir que estas situações se tornem em tragédias.

Tem algumas surpresas planeadas para o espetáculo?
Só posso dizer que vai ser uma celebração dos meus 30 anos de carreira. Surpresas? Teremos de nos encontrar a 3 de fevereiro na Altice Arena [risos].

E pode desvendar um ou dois temas da setlist?
O concerto vai ter mais de duas horas porque não posso excluir temas do meu repertório. Especialmente aqueles que eu e o meu público cantamos juntos há 30 anos. Não posso fazer numa digressão sem cantar “La Solitudine”, “Strani Amore” e “Non C’é”. Já as cantava na minha adolescência e continuam a fazer parte de mim. E também vou cantar temas do meu novo álbum.

Os fãs portugueses estão ansiosos para o concerto.
Deixa-me dizer-te a verdade: há anos que pedia para regressar. Tinha muitas saudades. Já passaram mais de 20 anos desde a última vez que atuei em Portugal, mas lembro-me muito bem do público porque estava muito envolvido na minha atuação. Adorei imenso.

Planeia aproveitar a estadia em Lisboa para visitar algum sítio em particular? 
Infelizmente, devido à minha agenda caótica, não vou ter muito tempo para passear. Mas é uma das coisas que mais quero fazer. Fá-lo-ei assim que possível.

E há algum prato típico que queira muito provar?
Estou impaciente para voltar a comer pastéis de bacalhau. Adoro.

Celebra três décadas de carreira este ano. É um marco importante.
Sem dúvida. Celebrar 30 anos de carreira é um privilégio. Atualmente, as pessoas cansam-se facilmente. De tudo, até da música. Sinto-me sortuda por continuar a ter uma legião de fãs. Cresci num mundo onde tive oportunidade de comparar a minha cultura com outras e de aprender cinco idiomas. Tornei-me numa mulher forte, mas sei que tenho de continuar a trabalhar diariamente.

Em 2023, foi considerada a Pessoa do Ano nos Grammys latinos. Como recebeu o prémio?
Abençoada, tocada e amada. Estes sentimentos encheram-me a alma nesse momento e quero continuar a retribuir todo o amor que tenho recebido. Nunca pensei imaginei ser considerada Pessoa do Ano e foi uma grande surpresa. Sinto-me muito privilegiada porque não sou latina e foi a primeira vez que a distinção foi atribuída a uma artista como eu. Ao mesmo tempo, sempre senti que fazia parte da comunidade da América Latina, e sinto-me muito grata por isso.

Carregue na galeria e veja outros concertos que não pode perder este ano em Portugal.


Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Comentários estão fechados.