O ministro da Economia e Finanças da Guiné Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, voltaram a ser presos esta sexta-feira, depois de na última noite terem sido libertados por soldados da Guarda Nacional à revelia da Polícia Judiciária.
Os dois governantes tinham sido condenados a prisão priventiva esta quinta feira, mas soldados da Guarda Nacional tiraram o ministro e o secretário de Estado da prisão durante a noite.
À Renascença, a responsável de Informação da Rádio Sol Mansi da Guiné Bissau, Elisangila dos Santos, diz que Suleimane Seidi e António Monteiro estavam junto da Guarda Nacional quando por volta da 1h00 desta sexta-feira começaram os confrontos junto ao quartel da Guarda Nacional entre os militares das Forças Armadas e elementos da Guarda Nacional, situação que terminou já depois das 11h00 da manhã.
Durante a madrugada e com os confrontos, as Forças Armadas conseguiram levar os dois governantes para a prisão da Polícia Judiciária.
Os militares das Forças Armadas conseguiram ainda efectuar a detenção do chefe da Guarda Nacional, Vítor Tchongo, que de acordo com Elisangila dos Santos está agora com as Forças de Defesa da Guiné-Bissau.
A reponsável de informação da Rádio Sol Mansi dá ainda nota de que as Forças Armadas já emitiram um comunicado a confirmar a prisão de Vítor Tchongo garantindo que a situação está mais calma. Elisangila dos Santos diz que falta ainda confirmar quantas pessoas ficaram feridas nos confrontos.
“Neste momento existe muita especulação e aguardamos por uma comunicação do Governo e do Presidente que está no exterior”, diz.
O ministro da Economia e Finanças da Guiné Bissau e o secretário de Estado do Tesouro foram presos depois de o Ministério Público ter aberto uma investigação sobre o pagamento de 6 mil milhões de francos CFA (cerca de 9 milhões e 100 mil euros) a 11 empresários através de um empréstimo pedido a um banco.
Elisangela dos Santos explica que “em causa está o facto de terem endividado o Estado para favorecimento de empresários num montante que poderia ser pago até ao final do próximo ano”.
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