Explorando a Autenticidade da Guiné-Bissau: Um Destino Turístico Emergente

Sob a moderação de Fernando Bandres, Director Comercial da Agência Sonhando, o evento online proporcionou uma visão detalhada das riquezas culturais, naturais e gastronómicas deste país da África Ocidental.

“Não há muitos operadores que apostem neste destino“, afirmou Fernando Bandres, reflectindo sobre a singularidade da Guiné-Bissau como um destino ainda pouco explorado.

Com uma área de 36 120 km² e uma população de aproximadamente 1 800 000, a país oferece grande diversidade étnica e cultural. Como destacou Mariana Ferreira, supervisora do Orango Parque Hotel, “Cada vez mais nos custa encontrar destinos autênticos. Tenho a certeza que qualquer pessoa que pise na Guiné-Bissau pode gostar ou não, mas não pode dizer que não é autêntico“.

A euroAtlantic Airways e a TAP realizam voos de Lisboa até Bissau com a duração de aproximadamente quatro horas. As condições para visitar o destino envolvem a obtenção de visto e vacinação obrigatória contra a febre amarela, conforme salientado pela embaixada da Guiné Bissau em Lisboa. Além disso, Fernando Bandres reforçou a importância de precauções adicionais de saúde, como higiene pessoal e protecção contra picadas de mosquitos.

Embora o país apresente dificuldades nas infraestruturas, como é o caso de estradas e serviços de saúde limitados, a hospitalidade e a beleza natural compensam essas dificuldades. Como afirma Mariana Ferreira: “Estamos a criar um leque de várias outras intervenções da comunidade local”. A melhor época para visitar a Guiné-Bissau geralmente, é durante a estação seca, de Novembro a Maio.

A gastronomia reflecte a herança cultural, com influências africanas e portuguesas. “Alguns pratos tradicionais são o Arroz de Jollof, Arroz de Marisco, Peixe Grelhado ou Assado, Molho de Amendoim (Mafé), Arroz de Cachupa, Caldo de Mancarra. A Guiné-Bissau é conhecida por sua variedade de frutas tropicais, como manga, caju, abacaxi, banana e coco. É comum as pessoas comerem juntas em torno de pratos compartilhados”.

Há uma grande variedade de animais, entre eles: primatas, antílopes, répteis, aves, peixes, vida marinha e hipopótamos. Poderá encontrar a maior colónia de hipopótamos na ilha de Orango. Não é aconselhável chegar muito perto, mas é possível avistá-los a partir do observatório. É também o paraíso dos pássaros, pelas espécies raras e o seu avistamento fácil.

Um dos destaques da apresentação foi o Orango Parque Hotel, localizado no interior do Parque Nacional de Orango. Gerido pela Fundação espanhola CBD-Habitat, o hotel combina hospitalidade com conservação ambiental e desenvolvimento comunitário. Segundo Mariana, “além de uma unidade turística, é um projecto de turismo responsável e sustentável“.

A antropóloga conta que para ganhar a confiança da população, estudou a etnia Bijagós, uma sociedade matrilinear. “Os filhos, homens ou mulheres, mas sobretudo homens estão ligados  às mães por toda a vida Em Orango temos as guardiãs da ilha, mulheres isoladas da aldeia que são alimentadas pela própria população para dedicarem a vida à sua religiosidade”. Ao visitar este destino poderá observar a diversidade cultural, diferentes línguas no mesmo povo, cultura ancestral e animista.

O hotel, que aí existe, tem capacidade para 28 pessoas, possui água quente, casa de banho privativa, ventiladores e fica completamente inserido na natureza. Conta ainda com um bar, restaurante e cozinha autóctone com cozinheiros locais. As bebidas são pagas à parte,. É indicado efectuar pagamentos na moeda local porque a rede pode falhar no local.

Pode ver a apresentação do Orango Parque Hotel aqui: Kayla From Revoicer Sample (youtube.com)

Ao encerrar o evento, Fernando Bandres enfatizou a autenticidade da Guiné-Bissau como um destino turístico genuíno, onde os visitantes podem experimentar uma cultura rica e intocada. Com suas paisagens deslumbrantes e comunidades acolhedoras, o destino promete uma jornada memorável para os viajantes em busca de novas experiências.