Estudante brasileira relata que sofreu assédio de médico no Paraguai: ‘Me deu uma mordida’

As autoridades do Paraguai investigam um caso de assédio em que um professor de uma universidade de medicina localizada em Concepción, a 200 quilômetros da fronteira com o Brasil, teria mordido e tentado beijar a força uma estudante brasileira. O episódio teria ocorrido no dia 24 de novembro. Emanuela Rocha Diniz, de 24 anos, vive no país desde 2017, e saiu de Xambioá (TO). As informações são do Jornal Anhanguera 2ª Edição.

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O caso repercutiu em diversos jornais paraguaios, já que Fábio Derliz Benítez, o suspeito, é considerado um médico influente e tinha altos cargos na universidade e no hospital onde trabalhava. A vítima fazia internato no Hospital Regional de Concepción e tinha como tutor o investigado, que passou a fazer abordagens à jovem, se intensificando cada vez mais. “Ele começou a mandar mensagem me convidando para jantar, o que não retribuí”, contou a estudante.

Entretanto, alguns dias depois, o suspeito teria encontrado Emanuela em uma sala utilizada para troca de roupa e pedido um beijo à estudante. “Eu neguei, porque tenho namorado, e ele (Fábio Derliz Benítez) fez piada, disse que não teria problema nenhum. Ele se sentou do meu lado e continuei falando que não queria. Logo em seguida ele me deu uma mordida”, relatou a brasileira, que registrou um boletim de ocorrência após o acontecido.

O médico teria ligado para a jovem depois da mordida, em uma tentativa de convencê-la a não realizar uma denúncia às autoridades. A chamada foi gravada pela brasileira e nos áudios, o investigado declara que: “Foi uma brincadeira e não sei se você quer criar problema. Não é assim que se resolve uma situação como essa”.

No documento em que a polícia paraguaia registra o caso, é descrito que o indivíduo abraçou a vítima sem consentimento e sussurrou pedindo para que ela fosse até a casa dele, enquanto apalpava as nádegas e a perna da brasileira. A Justiça do país decretou uma medida protetiva e o professor foi afastado de todas as funções que exercia na unidade de saúde e na universidade.

Emanuela explica que não se sente mais segura e gostaria de sair do Paraguai, mas só poderá fazer isso após a formatura, que ocorre apenas em maio de 2024. “Eu não queria ficar sozinha em nenhum momento, tinha medo de ir na rua e encontrar ele. Foi muito difícil me manter no internato”, disse a jovem. A defesa do médico afirmou que confia no rápido esclarecimento dos fatos.


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