Em meio à crise de segurança, primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renuncia ao cargo | Mundo

Ariel Henry em Nairóbi, no Quénia, em março de 2024 — Foto: Andrew Kasuku/AP

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou ao cargo na noite desta segunda-feira (11). Em um pronunciamento, Henry afirmou que deixará o poder assim que um conselho de transição for instaurado.

Horas antes do pronunciamento, a renúncia do primeiro-ministro haitiano já havia sido confirmada por Irfaan Ali, presidente da Guiana e atual líder da Comunidade do Caribe (Caricom), a qual o Haiti faz parte.

Além disso, autoridades dos Estados Unidos afirmaram que a decisão sobre a renuncia de Henry foi tomada na sexta-feira (8).

“Peço a todos os haitianos que mantenham a calma e façam tudo o que puderem para que a paz e a estabilidade voltem o mais rápido possível”, disse.

Segundo a Caricom, o conselho de transição haitiano será composto por dois observadores e sete membros com poder de voto, incluindo representantes do setor privado, da sociedade civil e da igreja.

No caso da nomeação do primeiro-ministro interino, o nome escolhido pelo conselho não poderá participar das próximas eleições do Haiti.

O presidente da Guiana afirmou que a Comunidade do Caribe e outras entidades internacionais se comprometeram em colaborar com a transição pacífica de poder no Haiti e a realização de eleições livres.

Líderes de gangues e parte da população queriam a saída de Henry e a realização de eleições gerais, que não acontecem há quase uma década. Por outro lado, o primeiro-ministro afirmava que ainda não era seguro realizar eleições.

Autoridades dos Estados Unidos afirmaram que Henry poderá continuar no território pelo tempo que for necessário e que o retorno dele ao Haiti depende de uma melhora na segurança do país.

O agravamento da situação no Haiti fez com que o Brasil pedisse com urgência a implementação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para a criação da Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti.

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