Declarações que beliscam as relações de amizade e cooperação entre dois parceiros estratégicos de São Tomé e Príncipe, respectivamente, Angola e Portugal, estão na origem da demissão de Alberto Pereira do cargo de ministro dos
Negócios Estrangeiros.
As referidas declarações foram proferidas por Alberto Pereira durante um encontro com uma delegação equato-guineense, que se encontra em São Tomé, no âmbito das relações entre dois países vizinhos e membros da CPLP e daCEEAC.
Essas declarações que comprometem a cooperação com os citados países foram vazadas em alguns órgãos de comunicação social e tiveram as suas repercussões diplomáticas.
Nas citadas declarações, o ministro demissionário ter-se-ia referido à lentidão dos dois países na ajuda a São Tomé e Príncipe na organização da cimeira.
Angola e Portugal são dois parceiros estratégicos que ajudam sempre São Tomé e Príncipe na realização dos grandes eventos, como é o caso da cimeira dos chefes de Estado e de governo, que será realizada no dia 27 de Agosto próximo, na cidade de São Tomé.
Os apoios estão assegurados, segundo uma fonte diplomática, que referiu que deverão chegar ao país anfitrião. Perante tal facto, Alberto Pereira, apresentou o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, alegando ser vítima de aproveitamento dos meios de comunicação social por conta de um conteúdo distorcido.
O referido diplomata acrescentou que esta prática poderá comprometer a visibilidade que o país procura na arena internacional.
“É de lamentar profundamente a tentativa de aproveitamento por parte de sectores devidamente identificados e refutar os actos e prácticas que em nada abonam a boa imagem de São Tomé e Príncipe e as boas relações bilaterais e multilaterais com a República de Angola e a República Portuguesa“, disse Alberto Pereira.
A demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros não compromete os trabalhos de organização da cimeira da CPLP. As diferentes equipas criadas continuam os seus trabalhos para acolher os eventos que antecedem a cimeira, nomeadamente, a reunião dos pontos focais e dos ministros dos Negócios Estrangeiros, entre outros para que se realizem no prazo acordado.
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