De que forma será possível aumentar os salários em Portugal?: Pedro Nuno Santos acusa CDU de promessas impossíveis – Atualidade
O secretário-geral do PS afirmou este sábado, durante o debate com Paulo Raimundo na SIC, que tem faltado nos debates questionar de que forma será possível aumentar os salários em Portugal. Pedro Nuno Santos defende que só poderá haver aumentos com uma “economia mais moderna e sofisticada”. A declaração foi feita imediatamente a seguir ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, frisar que no programa eleitoral da CDU se inclui uma revisão salarial.
“Quando não temos vontade para as medidas, a primeira questão que se faz é: quanto custa? A medida que propomos para a Administração Pública custa no total 15 mil milhões de euros”, disse Paulo Raimundo.
Pedro Nuno Santos acusou a CDU de fazer promessas impossíveis de se cumprir: “Temos de dar resposta aos problemas com a capacidade económica e financeira que o País tem. Tempos de continuar a reduzir a dívida pública. Em 2025 conseguimos mostrar que é possível aumentar salários e diminuir a dívida pública”.
Relativamente ao SNS, o secretário-geral do partido socialista afirmou que “existe um problema de difícil resolução”, defende que para além de valorizar os profissionais de saúde e da revisão salarial é preciso intervir na melhoria organizacional, dotando os centros de saúde de meios diagnósticos, dar mais autonomia à gestão dos hospitais, permitir que os médicos dos lares possam prescrever exames para reduzir as idas às urgências.
Listadas as medidas a implementar, Paulo Raimundo questionou Pedro Nuno Santos o porquê de nos últimos anos de governo socialista não terem sido aplicadas.
O debate terminou com Pedro Nuno Santos a reiterar a sua ideia de que “Portugal deve cumprir os compromissos” com a NATO em matéria de defesa e a elogiar a coordenação da União Europeia no seu papel de auxílio à Ucrânia para fazer face à invasão russa.
Neste ponto, Paulo Raimundo disse que o PCP é pelo “caminho da paz”, contra a corrida ao armamento.
“E vez de investirmos mais dinheiro em armas, se investíssemos esse dinheiro, esse esforço, no sentido de obrigar os intervenientes na guerra, nas guerras todas, a se sentarem à mesa e procurarem os caminhos da paz, como foram resolvidos praticamente todos os conflitos que conhecemos do ponto de vista internacional, sabendo nós que não é um caminho fácil”, declarou.
Interrogado sobre a morte na prisão de Alexei Navalny, opositor do regime de Moscovo, o secretário-geral do PCP respondeu: “Morreu em circunstâncias que estão por apurar, que levantam dúvidas, a forma como morreu. E é preciso esclarecer tudo de uma vez por todas, até ao limite”. Mas o líder comunista foi mais longe.
“Esta é mais uma entre muitas outras em que nós nos distinguimos completamente do lado oposto daquilo que são as opções do Governo capitalista russo”, acrescentou.
O frente-a-frente entre Paulo Raimundo e Pedro Nuno Santos abriu com o tema da justiça, com o líder socialista a negar ter entrado em contradição e a insistir na necessidade de uma reforma neste setor com um amplo consenso político. Aqui, o líder comunista criticou a existência de uma justiça para ricos e outra para pobres e acusou PS e PSD de terem responsabilidades direitas em relação ao estado deste setor.
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