Como as Empresas Africanas de Tecnologia da Moda Estão a Impulsionar a Procura Global de Modelos Africanos • Diário Económico

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A vibrante indústria da moda africana, avaliada em mais de 31 mil milhões de dólares, está a ganhar atenção global, graças a startups inovadoras que tiram partido da tecnologia.

Embora África possua um rico património cultural e diversos talentos na área do design, o sector tem sofrido atrasos em termos de infra-estruturas, financiamento, desenvolvimento de competências e distribuição. Os empresários tecnológicos africanos estão agora a criar soluções para desbloquear o enorme potencial da indústria.

Plataformas como La Reina, Anka, Oyoyo, Klasha e Kisua estão a mostrar os estilos africanos ao público mundial, ao mesmo tempo que capacitam designers e artesãos. Através do comércio electrónico, de ferramentas digitais e de novos modelos de negócio, estas startups estão a transformar a forma como a moda africana é criada, comercializada e vendida em todo o continente e a nível mundial.

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Fundada em 2016, no Egipto, a La Reina permite que as mulheres aluguem vestidos de gala, roupas de noiva e acessórios umas das outras e de marcas de topo. As utilizadoras ganham dinheiro ao emprestar os seus vestidos através da plataforma. Até à data, a La Reina já gerou mais de 200 mil dólares para as proprietárias de vestidos.

A startup lançou, recentemente, um serviço de caixa de subscrição chamado “The Box”, que envia, semanalmente, aos subscritores, novos conjuntos de aluguer. A La Reina trata da limpeza a seco e da logística de envio. A empresa arrecadou um milhão de dólares em 2018, das empresas de capitais de risco VCs Algebra Ventures e 500 Startups.

Anka: Mercado global para moda e artesanato africanos

A startup da Costa do Marfim, Anka, liga mais de sete mil designers e artesãos africanos a consumidores globais. Este mercado online apresenta moda, acessórios, arte e decoração para casa, que representam a criatividade e o património de África.

As ferramentas da Anka ajudam os vendedores a gerir as operações de comércio electrónico, desde o inventário ao marketing. Ao expandir o seu alcance para além dos mercados locais, a Anka permite que os criadores africanos desenvolvam as suas marcas e aumentem os seus rendimentos. A startup angariou 11 milhões de dólares da Partech e da Orange Ventures.

Oyoyo: Ferramentas digitais para impulsionar os negócios de moda tradicionais

A aplicação tecnológica de moda nigeriana, Oyoyo, está a transformar a indústria local através da digitalização de negócios tradicionais. Designers, alfaiates e tecelões criam perfis online e promovem as suas competências e produtos.

A funcionalidade de medição da Oyoyo converte os dados dos clientes em padrões, aumentando a eficiência. A automatização de tarefas, como a gestão de encomendas e comunicações, liberta os artesãos para se concentrarem no design. Ainda em fase de arranque, a Oyoyo permite o crescimento de microempresas de moda.

Klasha: Moda rápida para jovens consumidores africanos

A Klasha “vende” moda moderna e acessível, de marcas globais para os millennials africanos. Fundada na Nigéria em 2017, oferece entrega rápida e opções de pagamento locais na Nigéria, Gana, Quénia e África do Sul.

A startup aplica a análise de dados para optimizar o inventário, os preços e o marketing. Ao compreender as necessidades e preferências dos utilizadores, a Klasha facilita as compras online aos jovens africanos. A empresa já angariou um milhão de dólares de investidores.

Kisua: Moda contemporânea misturando tradições africanas

A startup sul-africana Kisua colabora com designers de todo o continente africano para criar colecções exclusivas que fundem técnicas tradicionais com uma estética moderna. A Kisua vende a nível mundial, através do comércio electrónico e de centros de distribuição em África, nos EUA e na Europa.

Fundada pelo economista ganês Sam Mensah Jr., a Kisua aborda os desafios em termos de infra-estruturas e de distribuição que a moda africana enfrenta. A plataforma também financia designers através do seu Kisua Design Fund.

Com mais de um milhão de dólares angariados, incluindo o apoio da Fundação Rockefeller, a Kisua aumenta as oportunidades globais para os talentos emergentes. A startup atraiu a atenção de celebridades, com a estrela americana Beyoncé a usar os designs da Kisua.

Como demonstram estas startups, a tecnologia pode impulsionar soluções para desbloquear o potencial da moda africana. Desde novos modelos de comércio electrónico a ferramentas digitais para artesãos, a inovação está a remover barreiras ao crescimento, ao mesmo tempo que liga os designers africanos a públicos globais. Ao capacitar os criadores, mostrar os têxteis e as culturas de África e criar uma distribuição de classe mundial, as empresas de tecnologia da moda estão a posicionar o continente para uma expansão fenomenal.

Fonte: Tech in Africa

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