O presidente dissolveu o parlamento. O seu líder (e presidente do PAIGC) não aceita essa dissolução, mas o primeiro-ministro (e vice-presidente do PAIGC) aceita ficar até nova ordem.
A esperança morreu ao fim de meio ano: depois das eleições de junho – que a coligação PAI, liderada pelo PAIGC, venceu com maioria absoluta; depois de o presidente do partido ter dirimido as suas disputas pessoais com o Presidente da República e ter encontrado uma plataforma de entendimento; depois de o parlamento ter demorado a tomar posse; eis que o negócio da contração de um empréstimo de 10 milhões de dólares para pagar dívidas do Estado a uma série de empresas privadas veio acabar com o sonho da normalização do ambiente político.
O empréstimo foi considerado pelo Ministério Público como um ato de ilegalidade instigado pelo ministro da Economia e Finanças e pelo secretário de Estado do Tesouro, respetivamente Suleimane Seidi e António Monteiro. Desde logo porque, segundo informações chegadas ao JE, uma empresa ligada ao próprio António Monteiro seria o beneficiário de uma fatia de um milhão de euros do empréstimo para pagamento. Ambos foram presos, de onde foram libertados horas depois por forças militares ligadas ao Ministério do Interior, liderado por Adiatu Djaló Nandigna, também dirigente do PAIGC. Suleimane Seidi irá comparecer esta quinta-feira em audiência com o Ministério Público para explicar o caso dos 10 milhões de dólares.
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