Cabo Verde partilha “boa experiência” em matéria de prevenção e respostas às crises como estratégia de segurança alimentar
Gilberto Silva manifestou esta intenção à imprensa, à margem da sua intervenção no painel intitulado “Dia de Cabo Verde – respostas às crises alimentares e reforço da resiliência do sistema agrícola e alimentar”, no âmbito da 39ª reunião da Rede de Prevenção das Crises Alimentares no Sahel e África Ocidental (RPCA), que está a decorrer na Cidade da Praia.
Segundo o governante, Cabo Verde quer partilhar com os países da região africana a sua visão, estratégia, o seu percurso e os resultados que tem vindo a alcançar em matéria da prevenção e gestão das crises, e as medidas na promoção da resiliência em matéria de segurança alimentar e nutricional.
“O que nós vamos partilhar com as delegações dos demais países que fazem parte da rede e das instituições é a nossa experiência em matéria de prevenção e resposta às crises que acontecem, é o nosso sistema de produção, sobretudo também no que tange às cantinas escolares, partilhar a nossa boa experiência de gestão da alimentação escolar através da rede das cantinas escolares, os cuidados sociais que concorrem para a maior segurança alimentar e nutricional das famílias”, especificou.
Conforme realçou, Cabo Verde tem acompanhado naturalmente toda a situação alimentar, o estoque dos alimentos, lembrando que o país tem uma legislação concernente à alimentação adequada e tem em funcionamento uma rede de segurança alimentar e nutricional com reuniões regulares do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
O ministro destacou igualmente as medidas que o Governo tem adoptado com destaque para a promoção da actividade pecuária, reforço das cantinas escolares, compensação dos preços dos produtos de base importados para a alimentação, as medidas que têm a ver com a água, a eletricidade, o reforço das pensões, e entre outras.
“Quando nós estamos a falar de segurança alimentar e nutricional, não podemos falar apenas do acesso físico, mas também do acesso financeiro aos alimentos, porque conseguindo há aqui uma combinação muito grande de políticas, portanto de intervenções a nível dos vários sectores, como nós sabemos a segurança alimentar e nutricional é uma área transversal” asseverou.
Criada em 1984, por iniciativa dos países membros e parceiros do CILSS e do Clube do Sahel, a Rede de Prevenção das Crises Alimentares no Sahel e África Ocidental é uma plataforma internacional de consulta e coordenação da situação alimentar e nutricional da região.
Sob a liderança política das comissões da CEDEAO e do UEMOA, a rede reúne mais de uma centena de membros, incluindo os estados membros da CEDEAO, CILSS, UEMOA, a Áustria, a Bélgica, o Canadá, os Estados Unidos, a França, o Luxemburgo, a Holanda, a Suíça e a União Europeia, esta última como parceiro estratégico do Clube. O Banco Mundial, a União Africana e a ROPPA participam como observadores.
Coorganizada pelo Secretariado Executivo do CILSS e pelo Secretariado do Clube do Sahel e da África Ocidental (CSAO/OCDE), e sob os auspícios das Comissões da CEDEAO e do UEMOA, a rede reúne-se ordinariamente duas vezes por ano, nos meses de abril e dezembro.
Estas reuniões têm como objetivo analisar e avaliar a situação alimentar e nutricional na região, fornecer aos decisores instrumentos cruciais para a tomada de decisão, promover o diálogo político e coordenar as intervenções necessárias para mitigar as situações de crise alimentar na sub-região.
Inforpress
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