Cabo Verde manifesta preocupação com instabilidade política na Guiné-Bissau

Cabo Verde manifesta preocupação com a instabilidade política na Guiné-Bissau. O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou que qualquer crise na Guiné-Bissau  afecta directamente Cabo Verde, pelo facto dos dois países serem nações muito próximas, com laços históricos e culturais fortes. 

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O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse que acompanha com grande preocupação a situação de instabilidade política na Guiné-Bissau e que no Dubai teve oportunidade de falar, pessoalmente, com o presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

“A Guiné-Bissau, um país com quem Cabo Verde tem ligações muito estreitas, quando entra em domínio de instabilidade é claro que atinge, também Cabo Verde, porque nós somos muito próximos, com laços históricos, culturais fortes e nós somos irmãos. Por isso, o que desejamos é que a situação se estabilize e que a normalidade constitucional e democrática na Guiné-Bissau ganhe estruturas cada vez mais sólidas”, disse Ulisses Correia e Silva.

Também o Presidente da República, José Maria Neves, disse que acompanha com atenção a situação na Guiné-Bissau, afirmando que é bom que não haja interferência “indevida” no processo político.

“Nós estamos a acompanhar a situação na Guiné-Bissau, que é uma situação ainda um pouco confusa, grave, mas também complexa, e atentamente vamos acompanhando a situação e é bom que não haja interferência indevida neste processo político, mas estamos a acompanhar com toda a atenção que a gravidade da situação impõe”, disse o chefe de estado cabo-verdiano.

CPLP apela ao respeito pelos príncipios do Estado de direito democrático

A presidência em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), actualmente liderada por São Tomé e Princípe, pronunciou-se, esta quarta-feira, sobre a actual crise política na Guiné-Bissau e apelou “respeito pelos princípios do Estado de direito democrático e da separação de poderes, particularmente, o da independência da justiça, conforme consagrados na sua respectiva lei fundamental“.

Em comunicado, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe, diz que acompanha com preocupação a mais recente situação no país, que “envolve as forças de defesa e segurança daquele Estado-membro”.

A organização apela ainda a “um maior engajamento na consolidação da estabilidade política e institucional” por parte de “todos os atores políticos” da Guiné-Bissau.

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa pondera envio de missão à Guiné-Bissau

O secretário executivo da CPLP, Zacarias da Costa, disse, também esta quarta-feira, em entrevista à Voz da América, que a CPLP está a ponderar o envio de uma missão à Guiné-Bissau.

Recorde-se que esta semana a Guiné-Bissau mergulhou novamente numa crise política, depois do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, ter anunciado esta segunda-feira, a dissolução do Parlamento e assumido as pastas do Interior e da Defesa.

O chefe de Estado atribuiu ainda as pastas da Economia e Finanças a Geraldo Martins, que se manterá primeiro-ministro até ao chefe de Estado encontrar outro líder para o governo guineense.

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