Macomia era um dos distritos que ciclicamente registava incursões do grupo terrorista que protagoniza ataques na região norte de Moçambique. Após operações conjuntas das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda, as populações começaram a regressar às zonas de origem.
Nos dias que correm, a vida flui com normalidade na sede distrital, e jovens como Eduardo Afai pedem que o clima de acalmia venha para ficar.
“Agradeço a situação estar calma. Também desejo muita força [aos militares] para que a situação se estabilize e que essa tranquilidade se mantenha para sempre. Só assim é que a população vai regressar”, afirmou Eduardo Afai.
“Não apoiem coisas erradas!”
O comerciante Hassan Salimo também diz que quer esquecer os momentos de horror vividos devido à insegurança.
“Acabem com essa guerra para nós fazermos as nossas atividades”, apelou.
A vontade da população foi expressa na semana passada, nos diálogos que o secretário de Estado da Juventude e Emprego, Oswaldo Petersburgo, manteve com alguns residentes de Macomia. Foi a primeira viagem do governante moçambicano através das estradas N380 e R698, que ligam o resto da província aos distritos do norte Cabo Delgado, atingidos pelo terrorismo.
Jovens em Macomia pedem um futuro sem guerra. A localidade vive momentos de tranquilidade após ataques de terroristas
As vias foram reabertas depois do desalojamento dos grupos armados que aterrorizavam ao longo dos distritos de Quissanga, Macomia, Muidumbe e Mocímboa da Praia, entre outras localidades.
Ao longo das conversas, Petersburgo pediu aos jovens de Macomia que se distanciem dos grupos que têm protagonizado ataques na província: “Agora está seguro aqui! Estão a gostar? Não apoiem ou adiram a coisas erradas!”, disse Petersburgo aos cidadãos.
Formação e autoemprego
Para reconstruir a rede comercial dos distritos afetados pelo terrorismo em Cabo Delgado, a Secretaria de Estado da Juventude e Emprego promete ajudar na reabertura de pequenos negócios e também formar jovens desempregados para garantir o seu autossustento.
“Nos distritos que foram afetados pelo terrorismo, o comércio tem de voltar à normalidade. Uma das formas é, para os comerciantes, entregar um kit completo de autoemprego com consumíveis, e o comércio vai se restabelecer. Mas temos também jovens que precisam de formação. Vamos formar esses jovens e também dar o kit”, relatou Osvaldo Petersburgo.
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