Brasil, Portugal e Moçambique discursam esta terça-feira na 78ª Assembleia Geral

Começam nesta terça-feira os debates de alto nível da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Este ano marca o primeiro encontro totalmente presencial de líderes mundiais na sede da organização após a pandemia.

O presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis, indicou o tema “Reconstruindo a esperança e revigorando solidariedade: Acelerar a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Global através da paz, prosperidade progresso e sustentabilidade” para a reunião.

Presidente da 78ª sessão da Assembleia Geral, Dennis Francis, discursa na abertura da Cúpula dos ODS

Lista de 196 oradores

Falando à ONU News, em Nova Iorque, a porta-voz do presidente da Assembleia Geral, Monica Grayley, enfatizou a expectativa em relação ao encontro.

“Que essa seja uma Assembleia bastante produtiva, que leve em conta o tema da agenda dele para esse ano, para essa 78ª sessão da Assembleia Geral, que tem quatro palavras que ele chama palavras de alerta que são paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todos. A lista de oradores indica 196 oradores. A maioria, como nós sabemos, chefes de Estado e de governo, mas também ministros de Estado e chefes delegação que deverão falar entre sábado e segunda-feira 26 de setembro, que é o último dia do debate geral.”

Nas discussões agendadas para a Assembleia Geral dominarão temas como alterações climáticas, alívio da dívida soberana e formas de auxílio aos países para o alcance das metas globais.

Questões como desastres relacionadas ao clima e conflitos, incluindo o da Ucrânia, também estarão no debate da comunidade internacional. 

“Essa é a primeira vez depois da pandemia que a comunidade internacional volta em peso às Nações Unidas. Espera-se mais ou menos uma média de 20 mil pessoas aqui na sede. Segundo os organizadores do evento, existem 3 mil crachás que foram emitidos para jornalistas, correspondentes e toda a comunidade da mídia e da imprensa internacional. Então, a expectativa é muito positiva. Mais do que nunca, o presidente disse que esse momento em que nós devemos resgatar os ODS. Temos mais sete anos e agora é hora de continuarmos com o trabalho para que possamos alcançar aquilo que foi prometido em 2015 em nome das Nações Unidas”.

Para este ano, a organização enfatiza as necessidades das nações do Sul Global, um grupo informal de países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. 

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso na Assembleia Geral em 2014

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso na Assembleia Geral em 2014

Enormes desafios

Entre os países de língua portuguesa, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva será o primeiro estadista a discursar no evento, e será imediatamente seguido pelo presidente norte-americano, Joe Biden. No dia da abertura seguem-se Portugal e Moçambique.

Na manhã de quarta-feira será a vez da Angola e depois, no dia seguinte, Timor-Leste e Guiné-Bissau.

Na sexta-feira, nenhum país lusófono sobe à tribuna, e no sábado discursará Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Entrada do prédio da Assembleia Geral vista da Praça dos Visitantes na sede da ONU

Entrada do prédio da Assembleia Geral vista da Praça dos Visitantes na sede da ONU

Humanidade enfrentando enormes desafios

Falando sobre a sessão deste ano, o secretário-geral da ONU descreveu um momento atual marcado pela humanidade enfrentando enormes desafios, desde o agravamento da emergência climática à escalada de conflitos.

António Guterres mencionou ainda as questões da crise global, do custo de vida, do aumento das desigualdades e das agitações no campo tecnológico. Para ele, a busca de saídas para estes temas motiva as pessoas a procurar seus líderes.

 

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