Análise: Palmeiras tem reflexões a fazer após acabar primeira decisão do ano com gosto amargo | palmeiras

A reação da torcida em Minas Gerais, que aplaudiu o time após o jogo, mostra que a confiança segue inabalada no atual campeão brasileiro (como se deveria). Mas há algumas reflexões a serem feitas para a sequência da temporada.

Em campo, o time de Abel Ferreira mostrou estar em evolução depois de apenas o quinto jogo da temporada. O fato de o ano estar bem no início depois de uma pré-temporada curta deve ser levado em consideração.

O Palmeiras terminou com mais finalizações (14 a 5) no tempo normal e viu sua estratégia de jogo funcionar um pouco melhor que o São Paulo, que precisou forçar muito a bola longa em Calleri.

O problema é que as principais oportunidades alviverdes, com Raphael Veiga, Flaco López e Jhon Jhon, não obrigaram Rafael a trabalhar e foram para fora.

Diante da ausência de Endrick, o atacante argentino teve uma boa atuação e a partir de sua saída, aos 16 minutos, o Verdão perdeu um pouco da força ofensiva quando Abel escolheu usar Jhon Jhon na esquerda e centralizar Rony.

Na sequência do segundo tempo, o treinador tirou o outro destaque ofensivo do Palmeiras, Mayke. Primeiro, colocou Gabriel Menino aberto na ponta e depois tirou Zé Rafael para passar Luis Guilherme na ponta direita. As escolhas não surtiram o efeito desejado.

Com o que há agora à disposição, o camisa 42 deve continuar como titular, e Aníbal Moreno deu mais uma vez demonstração de que está prestes a assumir um lugar nos 11.

Richard Ríos foi mantido pela hierarquia e não tem jogado mal, mas a presença do reforço dá mais pegada ao meio-campo.

Levando em conta o tempo normal, o Verdão deixou a impressão de que está retomando o ritmo aos poucos. Mas é preciso tentar entender o grande problema do time de Abel Ferreira: o baixo aproveitamento em pênaltis.

São oito disputas sob o comando do treinador, com apenas uma vitória. Weverton é criticado pela torcida por seu aproveitamento em defesas, mas os cobradores também são inconstantes.

No domingo, os erros foram de Murilo e Piquerez, que nos últimos anos tinham bom aproveitamento.

É curioso como o Palmeiras, tido como o time mais controlado mentalmente do futebol brasileiro, tenha tanta dificuldade para decidir um jogo nos pênaltis.

O Choque-Rei não abala o início de ano, mas deve fazer jogadores, comissão técnica e direção pensarem em ajustes.

Fazer esta reflexão sobre pênaltis e avaliar como potencializar melhor as peças que Abel tem neste elenco são as principais lições que o Verdão precisa fazer, junto da busca de reforços para o ataque.

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