Cenário imaginado em Luanda
“Mesmo tendo consciência dos perigos que advêm das ações que prejudicam a natureza”, o ser humano não consegue reverter o caminho percorrido. Foto © Ridvan Celik.
Se o observador de uma galáxia distante estudasse os seres humanos, colocar-se-ia a seguinte questão: “porque é que o ser humano não para de explorar o planeta, se põe a sua vida em perigo todos os dias?”.
A pergunta foi colocada esta quarta-feira, 4 de outubro, pelo padre jesuíta Celestino Palanca, na sua qualidade de diretor nacional da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), numa conferência de imprensa que organizou em Luanda a propósito da evocação de S. Francisco de Assis.
Segundo relata o jornalista João Vissesse no site da ACI África, a dificuldade da resposta advém, para quem colocou a pergunta, da incapacidade de travar ou inverter o caminho percorrido, “mesmo tendo consciência dos perigos que advêm das ações que prejudicam a natureza”.
A explosão demográfica, a camada de ozono e o efeito de estufa, o conflito de interesses entre os países desenvolvidos e os países pobres, as guerras, a exploração dos recursos naturais e os graves danos causados à esfera ecológica são, para o padre Palanca, “sinais de que a humanidade está seriamente comprometida”. Por isso exortou os angolanos a “saírem do seu egoísmo e agirem em favor do planeta, para evitar a extinção da raça humana”.
Como Igreja, “vamos fazer a nossa parte, levando esta mensagem a todos os homens e mulheres de boa vontade, convidando-os a trabalhar para salvar o planeta Terra, a trabalhar para salvar a humanidade”, apelou o diretor nacional da Comissão Justiça e Paz.
“A humanidade – acrescentou – está em risco por causa da nossa ação, ação humana que vai contra a vontade do Criador, que quer que os homens e as mulheres tenham vida e vida em abundância, para que todas as criaturas o louvem”, disse o padre Palanca.
Crédito: Link de origem



Comentários estão fechados.