O mar é o “escritório” de Francisco Leitão. É lá que este biólogo marinho passa uma boa parte do seu tempo, a fazer investigação aplicada ao setor das pescas. Trabalha no Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve e muita da sua pesquisa, antes de chegar ao laboratório, passa por acompanhar os pescadores na faina, mergulhar ou recolher amostras.
Uma parte da investigação que faz, em conjunto com outros cientistas, pretende estudar os “stocks” de peixe na costa portuguesa. E já conseguiu mudar leis. “Lançámos um estudo que contribuiu para o levantamento da proibição da pesca do caranguejo”, exemplifica.
Este trabalho científico é relevante para perceber como vai ser a nossa alimentação dentro de algumas décadas. No grupo de investigação Ecoreach, onde Francisco Leitão é um dos coordenadores, foi desenvolvido o projeto Clima-Pesca, que consiste numa parceria entre cientistas e pescadores. “Andámos a viajar de norte a sul de Portugal para percebermos os problemas do setor, e integrámos as informações recolhidas com as previsões para a pesca a meio do século, tendo em conta o efeito das alterações climáticas sobre os recursos marinhos.”
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