A análise à seleção feminina da Bósnia, a primeira adversária de Portugal na Liga das Nações – Seleção Feminina
Encontro marcado para sexta-feira, às 20h45
• Foto: Federação de Futebol da Bósnia
A primeira adversária de Portugal na Liga das Nações é uma seleção nada habituada a grandes competições. É que a Bósnia, 63.ª no ranking da FIFA, nunca esteve presente nas fases finais de um Europeu ou de um Mundial, ao contrário da equipa das quinas, mas a verdade é que na primeira edição da Liga das Nações surpreendeu (e muito) já que ficou muito perto de conseguir a subida à Liga A num grupo com equipas acima no ranking. A seleção bósnia foi ao playoff, mas acabou inevitavelmente por ficar pelo caminho com a poderosa Suécia ao sofrer duas goleadas por 5-0.
E se Portugal realizou dois particulares antes dos jogos a doer (vitórias frente à República Checa e à Coreia do Sul), a Bósnia vem precisamente das duas goleadas frente às suecas. Mas motivação não vai certamente faltar às adversárias de Portugal já que querem mostrar serviço ao novo selecionador, que em março assumiu o comando técnico da equipa. O duelo frente a Portugal marcará a estreia de Selver Hodzic, que tem a difícil tarefa de fazer esquecer Samira Hurem, a treinadora que estava ao leme da Bósnia desde 2016.
O novo selecionador optou por fazer oito alterações em relação à última convocatória, mas não abdicou naturalmente das jogadoras mais conhecidas e com maior prestígio a nível internacional: Maja Jelcic e Marija Milinkovic, ambas com 19 anos, mudaram-se recentemente para o Inter e já são uma certeza no futebol feminino. Juntas somam 38 internacionalizações e quatro golos e serão certamente peças imprescindíveis frente a Portugal. Em Itália também atua Gloria Sliskovic, que aos 18 anos já conta com 17 internacionalizações e joga na Juventus. De resto, a Bósnia apresenta uma seleção bastante jovem (média de 24 anos) com jogadoras que têm poucas internacionalizações pela equipa principal. A mais nova é Una Rankic, com apenas 16 anos, e a mais velha é Amela Krso, com 32.
Curiosamente, Melisa Hasanbegovic, que chegou ao Sp. Braga no início da temporada depois de ter representado o Sporting durante duas épocas, é a jogadora com mais internacionalizações do lote de convocadas de Selver Hodzic. Ao todo, são 35. A defesa central conhece (e muito bem) as portuguesas e já terá certamente deixado instruções ao seu selecionador e às companheiras de equipa. Hasanbegovic faz parte do grupo de 17 jogadoras bósnias que atuam no estrangeiro, revelando a experiência destas futebolistas em provas competitivas como a da Turquia, Itália ou EUA.
Melisa Hasanbegovic, jogadora do Sp. Braga, tem 35 internacionalizações pela Bósnia
Nos últimos encontros, a Bósnia tem apresentado sistemas táticos diferentes, atuando maioritariamente com uma linha de três defesas em 3-5-2 ou 3-4-3. O primeiro será a escolha mais provável de Selver Hodzic para defrontar Portugal, mas, como sabemos, o treinador é novo e poderá optar por fazer mudanças no onze titular. O certo é que a estratégia dependerá do meio-campo que o selecionador decidir privilegiar, sabendo de antemão que Portugal joga com avançadas rápidas e que explora muito bem a profundidade.
Ao contrário do que a acontece com a seleção portuguesa, que já tem um onze mais ou menos definido, que não muda muito de jogo para o jogo, a escolha das jogadoras titulares da Bósnia varia (e muito), o que não facilitará a tarefa da equipa portuguesa em termos de análise. Além disso, as futebolistas não são sempre utilizadas na mesma posição já que quase todas são capazes de desempenhar várias funções no terreno. Amela Krso, por exemplo, joga tanto a lateral esquerda como a… avançada. Mais óbvia será a escolha da guarda-redes, tendo em conta que Gvozderac assume a titularidade em praticamente todos os jogos.
Onze tipo: Gvosderac; Sabanagic, Sliskovic e Hasanbegovic; Alesik, Elic, Milinkovic, Hadzic e Jeksic; Nikolic e Krso
A primeira adversária de Portugal na Liga das Nações é uma seleção nada habituada a grandes competições. É que a Bósnia, 63.ª no ranking da FIFA, nunca esteve presente nas fases …
Por Teresa Dinis Oliveira
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