Primeiro-ministro do Haiti renuncia e abre caminho para transição após meses de violência | Mundo

Guarda vigia Villa d’Accueil, a sede do governo do Haiti, em Port-au-Prince — Foto: Ralph Tedy Erol/Reuters

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, renunciou nesta quinta-feira (25) ao cargo, deixando o caminho livre para a formação de um novo governo no país caribenho, que foi devastado pela violência de gangues. Entre janeiro e março, mais de 2.500 pessoas foram feridas ou mortas nessa onda de crimes.

Henry apresentou sua renúncia em uma carta assinada em Los Angeles, datada de 24 de abril, e divulgada por seu gabinete, no mesmo dia em que um conselho encarregado de escolher um novo primeiro-ministro e gabinete para o Haiti deverá ser empossado.

O conselho deve ser instalado mais de um mês depois de os líderes caribenhos terem anunciado a sua criação, na sequência de uma reunião de emergência para enfrentar a crescente crise no Haiti.

Espera-se também que o conselho de nove membros, dos quais sete têm poder de voto, ajude a definir a agenda de um novo Gabinete. O órgão também tem as funções de nomear uma comissão eleitoral provisória e estabelecer um conselho de segurança nacional.

No último dia 29 de fevereiro, gangues armadas lançaram ataques coordenados na capital, Porto Príncipe, e arredores. Eles queimaram delegacias e hospitais, abriram fogo contra o principal aeroporto internacional — que permanece fechado desde o início de março — e invadiram as duas maiores prisões do Haiti, libertando mais de 4.000 presos.

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