Presidente do Peru vai responder a interrogatório sobre relógios de luxo – Surgiu

Nesta sexta-feira, 5, a presidente do Peru, Dina Boluarte, estará frente a frente com investigadores para esclarecer questões sobre sua aquisição de um conjunto de relógios de luxo. Esta informação foi confirmada pelos advogados de Boluarte nesta terça-feira, 2, em meio a um cenário de turbulência política e após uma recente reorganização ministerial. O episódio ocorre em um momento delicado para a presidente, que enfrenta acusações de enriquecimento ilícito, ameaçando a estabilidade de sua liderança.

A reestruturação do gabinete, realizada na segunda-feira, surgiu como resposta ao crescente descontentamento político, especialmente após a apresentação de um pedido de impeachment por “incapacidade moral permanente” no Parlamento. Este pedido foi feito três dias após uma operação policial dramática, que incluiu o arrombamento da porta da residência oficial em busca dos mencionados relógios.

Foto: Divulgação

A equipe legal de Boluarte, liderada pelo escritório de advocacia Mateo Castañeda, revelou no X (anteriormente conhecido como Twitter) que a Procuradoria-Geral rejeitou o pedido da presidente para adiar o interrogatório. Em um movimento para fortalecer seu governo em meio à crise, Boluarte nomeou novos ministros para as pastas do Interior, Educação, Mulheres, Agricultura, Produção e Comércio Exterior.

Boluarte está sob investigação preliminar por supostamente adquirir uma coleção de relógios de luxo não declarada desde que assumiu como vice-presidente e ministra da inclusão social em julho de 2021, e posteriormente, como presidente em dezembro de 2022. A presidente enfrenta críticas por não ter listado os três relógios em seu formulário de declaração patrimonial obrigatória, embora tenha negado todas as acusações de enriquecimento ilícito.

O pedido de impeachment, impulsionado por legisladores de diversos partidos, incluindo o Peru Libre, partido do qual Boluarte já fez parte, também cita a crescente criminalidade no país como motivo para sua destituição. A votação sobre o pedido está prevista para quinta-feira, necessitando de 52 votos para ser considerada pelo Parlamento e 87 votos, de um total de 130, para a remoção efetiva da presidente. Até o momento, cinco partidos, que juntos somam 54 votos, manifestaram apoio a Boluarte desde o início das investigações.


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