Três dos seis países da CPLP analisados no BTI são autocracias moderadas e um, a Guiné Equatorial, é considerada uma autocracia de linha dura. Quatro estão no grupo das fracas governações.
A Fundação Bertelsmann não tem em conta Estados-membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico nem países com população inferior a um milhão de habitantes para o seu Índice de Transformação (BTI, na sigla inglesa), o que exclui Portugal, pela primeira razão, assim como Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, pela segunda, mas analisa os restantes membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Timor-Leste destaca-se na transformação política, classificada com 7,9 pontos (em dez) no grupo das democracias defeituosas, o segundo no quadro de avaliações, seguido pelo Brasil, com 6,9. Guiné-Bissau (5,15), Angola (4,45) e Moçambique (4,13) são listados como autocracias moderadas, enquanto a Guiné Equatorial é assinalada como uma autocracia de linha dura, registando 2,88 pontos.
Moçambique é indicado como um dos casos em que “a erosão das principais” instituições democráticas “facilitou o estabelecimento do governo autocrático”, assinalando-se ainda que a “disfuncionalidade prolongada” levou ao desmantelamento das funções de supervisão do Estado.
Na transformação económica, o Brasil é o país mais pontuado da CPLP, com 6,61 pontos, no grupo das economias limitadas – terceiro –, mas Angola, que surge no grupo seguinte, das economias muito limitadas, com 4,57 pontos, é destacada pelos autores como exemplo de evolução positiva.
Timor-Leste, com 5,54 pontos, Moçambique (4,32), Guiné-Bissau (3,89) e Guiné Equatorial (3,07) também estão no grupo das economias muito limitadas. Na governação, Timor-Leste lidera, de novo, com 5,9, sendo o único do grupo que se considera ter boa governação.
Angola está no grupo dos que têm governação moderada, com 4,6 pontos, enquanto os restantes têm “fraca governação”: Moçambique (4,28), Guiné-Bissau (3,95), Brasil (3,80) e Guiné Equatorial (3,25). Considera-se que o Brasil tem oportunidade de corrigir o rumo, depois da Lula da Silva assumir a presidência, enfrentando agora “a tarefa de reverter o declínio maciço na capacidade de orientação política que o país sofreu sob seus antecessores, particularmente o populista de direita Jair Bolsonaro”.
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