Quase 25 mil emigrantes já regressaram a Portugal para aproveitar desconto nos impostos

Desde 1 de janeiro de 2019, 24.500 emigrantes regressaram definitivamente para Portugal à boleia do Programa Regressar, regime que lhes dá um desconto de 50% nos impostos sobre rendimentos do trabalho por um período de cinco anos, avançou esta segunda-feira o Jornal de Notícias (JN).

De acordo com o JN, os portugueses que voltaram estavam espalhados por 106 países. Aqueles que mais procuram o programa para regressar são os emigrantes na Suíça, França e Reino Unido, por essa ordem.

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De seguida, em menor número, estão os residentes no Brasil, Venezuela, Alemanha, Angola, Espanha, Luxemburgo, Bélgica e Estados Unidos.

Dos emigrantes regressados, 37% têm formação superior e 75% têm entre 25 e 44 anos. O JN observa que a maioria dos trabalhadores ainda tem vários anos de contribuições pela frente, podendo assim compensar os mais de 100 milhões de euros investidos pelo Estado neste apoio.

“O maior número de regressos verifica-se em países com melhores vencimentos do que os nossos, porque a vida lá também não está fácil”, resume ao JN José Albano Marques, diretor-executivo do Regressar.

Maior divulgação impulsiona candidaturas

O responsável refere que, “na maior parte dos casos, [estes portugueses] regressam para as origens, ou seja, têm uma habitação própria ou regressam para uma casa da família”.

Em vigor desde 2019 e até 2026, o Programa Regressar é cada vez mais popular. Só no ano passado, cerca de nove mil emigrantes foram abrangidos por este apoio, o equivalente a 37% do total.

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“Foi um ano de muito trabalho e dedicação, mas compensa ver tantos portugueses a cumprirem o sonho de regressar ao país”, declara o diretor-executivo.

O aumento das candidaturas deve-se, em grande parte, ao esforço de divulgação feito junto das comunidades, nomeadamente através da visita de governantes e técnicos ao estrangeiro, que tem tornado o programa mais conhecido.

“Estamos com uma média mensal de 350 candidaturas, mas há meses com 400. Há cada vez mais portugueses a querer regressar”, conclui.