Guiné-Bissau: Líder do MADEM-G15 pede desculpas ao povo guineense

Foto fornecida por Sabino S. GB

O Coordenador do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima Camará, pediu desculpas ao povo guineense por entender que as promessas eleitorais feitas, quando o actual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, concorria à presidência da República, não foram cumpridas.

“Pedi desculpas, porque, de facto, nem sempre na vida as coisas saem como nós imaginávamos. Por isso, quando há surpresas na vida temos que ser corajosos e pedir desculpas”, disse o líder do MADEM-G15 durante a cerimónia da assinatura do acordo político designado Aliança Kumba Lanta, que agrupa o Partido da Renovação Social (PRS), Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e MADEM-G15.

 “Nós, enquanto atores políticos, temos essa responsabilidade”, reforçou Braima Camará, que defendeu, na ocasião, “o funcionamento da Assembleia Nacional Popular e a realização das eleições presidenciais este ano” em observação aos preceitos legais.

O antigo aliado político de Sissoco Embaló, o coordenador nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), Braima Camará, entrou em rota de colisão com o Chefe de Estado.

A Comunidade Internacional conhece quem vende a droga

Na mesma ocasião, o antigo primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, líder da APU-PDGB criticou a “falta de sanções contra os traficantes de droga”, e manifestou-se disponível para provar o teor da sua denúncia sobre a “abundância de droga no país” tendo vincado que “a Comunidade Internacional conhece muito bem as pessoas que vendem drogas na Guiné-Bissau”.

O líder da APU-PDGB aproveitou ainda para criticar a detenção de oficiais militares na sequência dos supostos golpes de Estado de 2021 e 2022, que, para Nuno Nabiam, “a detenção dessas pessoas ultrapassou todos os limites”.

“Ouvimos as pessoas inventarem que existe uma tentativa de golpe de Estado. Mas quem tem interesse de fazer um Golpe hoje na Guiné? É através das urnas que vamos tirar do poder qualquer pessoa que queira trazer problemas para este país, porque os guineenses já estão cansados de ouvir mentiras e de intrigas”, disse Nuno Nabiam.

Mamandin Indjai