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Quanta influência isso terá?
A AGP destaca ainda como pano de fundo que o Corpo de Engenheiros já administra a hidrovia do rio Mississippi nos EUA, “que compartilha muitas características” com a hidrovia Paraguai-Paraná.
“O acordo fala de informação e gestão, portanto o Exército dos EUA passará a ter informações em primeira mão, com seu pessoal no território, sobre movimentações, infraestrutura e outros aspectos da gestão de decisões das autoridades argentinas em relação à gestão do recurso”, disse à Sputnik o analista internacional argentino Cristian Riom.

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Principais recursos da América do Sul
O analista lembrou que o interesse dos EUA na hidrovia não é novo, já que em 2022 o governo norte-americano havia assinado um acordo muito semelhante ao atual mas com o governo do Paraguai, prevendo também a participação do Corpo de Engenheiros do Exército.
Para Riom, este contexto mostra a importância para Washington de abordar estes recursos-chave na América do Sul, bem como a sua intenção de aprofundar a sua participação o mais rapidamente possível.
“No Paraguai, meses após a assinatura, houve pressão dos EUA para que o país autorizasse a presença de militares norte-americanos em tarefas de controle. Esta é provavelmente uma questão que aparecerá também na Argentina em pouco tempo”, disse Riom.

“Certamente vão querer ter o controle de onde vai a mercadoria e do que entra. Ou seja, o controle do comércio exterior legal e ilegal. Para a Argentina tudo é uma perda de soberania sobre um de seus recursos estratégicos”, alertou.
Para Riom, é necessário que haja uma “política regional” em torno da hidrovia, pois embora o marco regulatório regional não impeça que os países da bacia do Prata assinem este tipo de acordo, trata-se de uma “questão suficientemente sensível” para a região.
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