O líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro acusou Pedro Nuno Santos de ser um potencial foco de instabilidade no caso “hipotético” de o PS vencer as legislativas deste domingo. “Há que unir Portugal e não dividir”, disse o também presidente do PSD, no comício que a coligação fez no final da tarde desta sexta-feira no Campo Pequeno, em Lisboa, encerrando a campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março.
“O que é que esperam de um líder?”, perguntou retoricamente Montenegro à plateia composta por alguns milhares de apoiantes da AD, apresentando Pedro Nuno Santos como “alguém que divide o país entre uns e outros” e definindo-se a si próprio como “alguém que agrega, que junta e que pega no potencial de todos”.
Falando sobre o executivo de que espera ser primeiro-ministro na sequência dos resultados eleitorais do próximo domingo, o líder social-democrata defendeu que “um governo que possa unir todos os setores da sociedade, todo o território nacional, todas as pessoas, já garante a estabilidade, independentemente de ganhar por um, por cem, por mil ou por meio milhão”. Pelo contrário, acrescentou, “quem governasse por um voto, e fosse governar a dividir, já teria instabilidade”, afirmando que “a maioria absoluta do PS caiu porque a instabilidade já estava em si própria”.
No discurso que encerrou o comício, Montenegro reafirmou a sua crença numa vitória da AD, dizendo que “a estabilidade vai-nos ser facultada pelo povo português”, sem deixar de salientar que “a decisão de domingo é mesmo importante e vai ter reflexos nas próximas décadas”. “Se não invertermos o rumo no país só podemos esperar resultados ainda piores”, garantiu o social-democrata, contrapondo a forma como a coligação que lidera apresentou medidas para o Serviço Nacional de Saúde, para valorizar a escola pública, para dar acesso a habitação, para estimular a produtividade e gerar melhores salários.
Quanto ao desfecho das legislativas, o líder da AD disse acreditar que “o essencial do programa foi compreendido” e que será possível cumprir o objetivo que disse ser “garantir a felicidade de cada português”. “Tenho, mais do que respeito, admiração enorme pelo povo português. Confio na sua sabedoria”, acrescentou.
Montenegro começara o discurso a dizer que “perdeu o menor tempo possível a falar das outras candidaturas e dos outros candidatos”, repetindo muitas vezes a palavra “sim” como trave-mestra de “uma mudança segura” fundada na vontade de “juntar, unir e melhorar a condição de vida de cada português”.
Crédito: Link de origem



Comentários estão fechados.