O diretor do Departamento Africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie, disse acompanhar com “muito interesse” o mecanismo de conversão de dívida em financiamento climático, desenvolvido entre Cabo Verde e Portugal.
A declaração foi feita durante um briefing realizado nesta segunda-feira, 05 de fevereiro, sobre as perspetivas económicas do FMI para a África Subsariana.
Aemro Selassie acredita que o acordo entre os dois países tem o potencial de ajudar Cabo Verde a aceder a verbas que permitam responder aos desafios das alterações climáticas.
“A chave estará na forma como é concebido e, em particular, na garantia de que o novo financiamento está em termos que irão realmente beneficiar Cabo Verde e não implicar despesas adicionais, o que deixaria o país numa posição em que poderá não ser capaz de beneficiar tanto dele”, referiu, citado pelo “Expresso das Ilhas”.
“Portanto, dependerá muito dos pormenores deste acordo. Mas, sem dúvida, esta é uma das áreas de trabalho que esperamos desenvolver um pouco mais, para ver como podemos ajudar os países a enfrentar as ameaças que as alterações climáticas representam”, concluiu.
Recorde-se que foi em junho de 2023 que Cabo Verde e Portugal assinaram um protocolo que converteu 12 milhões de euros de dívida cabo-verdiana ao país europeu em financiamento para o Fundo Climático e Ambiental criado pelo governo.
Caso os resultados desta experiência correspondam às expectativas, Lisboa estará disponível a alargar o mecanismo à totalidade da dívida, que é de cerca de 140 milhões de euros.
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